Assassin´s Creed: Valhalla é o melhor game da nova fase da Ubisoft; leia análise

Em grande estilo, cada vez mais com jeito de RPG e com mapa imenso, jogo convida a ser um viking

Por: Stevens Standke  -  13/12/20  -  19:18
Quer levar o jogo para casa? Participe no Instagram @atrevistasantos
Quer levar o jogo para casa? Participe no Instagram @atrevistasantos   Foto: Divulgação

A Ubisoft tem feito um belo trabalho de reinvenção da série Assassin´s Creed de 2015 para cá, desde que o jogo que leva o subtítulo Syndicate mostrou que devia destinar espaços maiores de tempo para fazer cada novo game da franquia, para não desgastar a marca. Após explorar o Egito dos faraós em Origins e a Grécia Antiga em Odyssey, você mergulha no universo viking em Assassin´s Creed: Valhalla, que está disponível 100% em português para PS4, PS5, Xbox One e Series S e X, PC e Google Stadia. 


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Na mitologia nórdica, Valhalla é o local para onde vão os grandes guerreiros ao morrer. Você controla justamente um herói viking: Eivor (no meio da foto maior), que busca vingança pelo assassinato dos pais e, ao longo do jogo, tem visões com o deus Odin. Detalhe: dá para optar se o protagonista será homem ou mulher, mas isso não modifica 
em nada o desenrolar da trama. 


Confesso que, quando a Ubisoft anunciou que o game se passaria no século 9 e focaria nos vikings, senti um misto de alegria e receio – sobre como o enredo se conectaria com a saga principal de Assassin´s Creed. Portanto, é preciso dizer: a costura ficou boa demais; para mim, Valhalla  figura como o melhor jogo da série desde 2015. 


E não pense que ele acontece apenas na Noruega! Como retrata, com as devidas liberdades criativas, o período da história em que parte do povo nórdico firmou raízes na Inglaterra, espere um jogo de mundo aberto imenso. Tanto é que, se você fizer tudo – das missões principais e secundárias aos minigames de rima e “dados” –, terá, tranquilamente, de 30 a 40 horas de diversão. 


O barco viking é uma das formas de percorrer o mapa do jogo.
O barco viking é uma das formas de percorrer o mapa do jogo.   Foto: Reprodução

E a irmandade?
Eivor segue para a Inglaterra como braço direito de seu irmão adotivo, Sigurd, líder do Clã dos Corvos. Lá, além das missões que os fãs de Assassin´s Creed já estão acostumados, há as para aumentar o número de aliados no país e as incursões (ou invasões de vilarejos e fortes), para coletar itens que permitem aumentar o povoado fundado por Sigurd em solo inglês, construindo estábulo, mercado, padaria etc. Inclusive, essa pegada de Civilization confere um charme extra ao jogo. E existem três formas de andar pelo mapa: a pé, de cavalo ou com um típico barco viking (drakkar). 


Você deve estar se perguntando onde é que entram a Irmandade dos Assassinos (chamada de Ocultos no game) e os Templários (Ordem dos Antigos). Por meio de Sigurd, Eivor conhece membros dos Ocultos e começa a aprender suas habilidades furtivas. Por isso, deve eliminar membros da Ordem dos Antigos.


Estilo RPG. A Ubisoft continua incrementando o jeitão RPG de ser de Assassin´s Creed. Em Valhalla, as árvores de habilidades foram aperfeiçoadas e algumas áreas só devem ser acessadas quando você atinge determinado nível, caso não queira morrer inúmeras vezes.


Nas batalhas, agora dá para usar uma arma em cada mão, como dois machados, o que muda sua postura. E estão de volta para auxiliar nas missões a águia, que detalha áreas do alto, e a varredura, rebatizada de Olho de Odin. Ah, Layla, de Odyssey, retorna no presente, via Animus. 


Visual encantador. Em termos gráficos, Valhalla encanta. Espere gráficos lindíssimos e minuciosos, ainda mais se você rodar o game em um console de nova geração (analisei o jogo em um PS5). Mesmo assim, o título não está livre de bugs estéticos. A boa notícia é que eles ficam mais evidentes só na reta inicial da aventura.


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