Ela já foi número um do ranking mundial e hoje é a cabeça por trás do A Tribuna de Tênis

Árbitra-geral da competição há cinco edições, Simone Vasconcellos organiza tabela de jogos

Por: Nathalia Perez & De A Tribuna On-line &  -  24/10/19  -  21:21
  Foto: Nathalia Perez/AT

Os bastidores de toda grande competição são de muito trabalho e organização. Maior torneio da modalidade na Baixada Santista, o A Tribuna de Tênis conta com uma equipe qualificada que cuida de cada detalhe e faz acontecer o certame. Uma das principais cabeças por trás da competição é a árbitra-geral Simone Vasconcellos, que tem uma vasta história com o esporte e um currículo de peso.


Ela vai dormir tarde e acorda cedo pensando em cada detalhe do 60º A Tribuna de Tênis. Suas funções começaram no congresso técnico e vão até depois do encerramento, em 5 de novembro, quando haverá a premiação. Ela planeja o dia seguinte no torneio, atualiza a programação e a tabela com os placares e vencedores, determina por quais partidas cada árbitro ficará responsável, organiza a escala dos pegadores de bolas. E este não é nem todo o seu trabalho.


Todo mundo no Tênis Clube de Santos a conhece e a chama pelo nome. "Simone, contra quem eu vou jogar?", "Simone, que horas é meu jogo?" e "Simone, em que quadra será minha partida?" são perguntas recorrentes de competidores, desde os mais jovens até os mais experientes, na porta da salinha de arbitragem.


São 44 anos gastando a sola do tênis nas quadras rápida e de saibro. Tudo começou lá atrás, com apenas 10 anos de idade. Um mês após ter começado a jogar, induzida pelo irmão, Fábio, Simone disputou seu primeiro A Tribuna de Tênis. E foi longe: ficou com um bronze, mesmo com pouco tempo de prática. Depois disso, virou praxe estar entre os atletas da competição. Foi assim até os 18 anos, idade máxima, na época, para jogar o torneio.


Aos 35, ela entrou para a categoria sênior após muitas tentativas de se manter entre os tenistas profissionais, o que era difícil sem apoio, mesmo com um alto índice no ranking internacional em dupla. E é competindo entre sêniors que ela desbrava este mundo e já até chegou ao topo dele, quando foi número um do ranking. Hoje em dia, ela é a segunda na categoria 55+ em dupla na lista da federação internacional.


"Eu trabalho dando aulas, inclusive para uma empresa dos Estados Unidos, a PBI - Peter Burwash International, no clube Harbour Ridge, na Flórida, onde passo um período a cada ano, e fazendo arbitragem. Ganho o meu dinheiro e gasto nos torneios que disputo. Faço porque eu gosto. Não tenho nenhum retorno financeiro nas competições, mas sou feliz, porque conheço o mundo inteiro através do tênis", diz ela, com um sorriso no rosto e muita disposição.


Simone estava na Argentina, jogando por pontos para agregar no ranking mundial, quando recebeu uma ligação e um convite especial há quatro anos. "A Tribuna me chamou para organizar a edição de número 56 do A Tribuna de Tênis. Eu nunca tinha sido árbitra-geral. A gente aprende na teoria, mas na prática é diferente. É um desafio legal. É gostoso", assume.


Toda sua experiência conferiu capacidade suficiente a ela para comandar a equipe de arbitragem. Ela conta que até jogo do espanhol Rafael Nadal e do italiano Fabio Fognini já fez como árbitra de linha. Além de partidas da ATP, também auxiliou em confrontos da WTA no Rio Open, torneio em que seguiu até a final quando foi escalada, em função de seu bom desempenho.


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