Saiba qual é o destino adequado para o lixo

O cuidado com o meio ambiente é uma responsabilidade de todos para garantir um futuro melhor para as próximas gerações. Por esse motivo, uma questão fundamental é a separação correta do lixo que produzimos diariamente para ampliar a reciclagem e diminuir a quantidade de resíduos que chegam diariamente aos aterros sanitários.

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Conforme o educador e integrante do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), Ibrahim Tauil, é interessante que se faça em casa a separação de três tipos de materiais. Um deles deve ser utilizado para receber os rejeitos, como papel higiênico.

Outro espaço pode ser utilizado para guardar o lixo reciclável seco, como papel, vidro, metal e plástico.

O terceiro local ficaria reservado para os orgânicos recicláveis, como cascas de frutas, folhas de verduras, borra de café e cascas de ovos. “Esses orgânicos recicláveis correspondem a mais de 50% dos resíduos domiciliares e podem ser utilizados como adubo de alta qualidade. É um absurdo eles serem considerados rejeitos, inclusive pelo Poder Público”, ressaltou.

A diretora do Departamento de Educação Ambiental da Prefeitura de Praia Grande, Eliane Queiroz, explicou que é muito importante conscientizar as crianças, jovens e adultos sobre o descarte correto do lixo e os impactos causados sem a adoção das práticas corretas.

Segundo a servidora pública, “com pequenas atitudes é possível fazer um bem gigantesco para a preservação da nossa natureza”. Um exemplo disso é o projeto de coleta de óleo de cozinha usado, feito em parceria com a Cargill e com a organização não governamental (ONG) Preserva. Desde novembro de 2017, as escolas municipais já receberam 27 mil litros desse produto.

Para se ter uma ideia do estrago do descarte inadequado desse material na natureza, um litro desse produto pode contaminar, em média, 25 mil litros de água, ou seja, 675 milhões de litros de água foram preservados com essa medida simples.

“Normalmente, os adultos são os mais resistentes a mudar hábitos. Por esse motivo, é importante que os estudantes recebam essa cultura e possam cobrar uma atitude dos pais, avós e tios e de todos que estejam próximos”, justificou.

Eliane explicou que a Administração Municipal tem vários projetos para despertar a curiosidade e fortalecer o engajamento dos alunos da rede municipal em defesa das causas ambientais.

Logística reversa
O secretário municipal de Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha, afirmou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305/2010) traz uma série de inovações para o País, como o conceito de gestão compartilhada, que ainda não foi instituído de maneira completa.

“Acabou de uma vez por todas a ideia que a responsabilidade do munícipe é de colocar o lixo em um saco preto e deixá-lo na calçada. As prefeituras agora só têm responsabilidades pelos pequenos geradores, mas a segregação e a separação na origem são de responsabilidade do contribuinte”, explicou.

O titular da pasta entende que um dos desafios é a obrigação da logística reversa — a recuperação dos resíduos produzidos pelo setor e sua destinação adequada pós-consumo por parte do setor privado.

“Cerca de 40% das 2 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia na Baixada Santista são embalagens. Quem deveria recolhê-las e dar a destinação adequada seria a indústria, mas quem paga essa conta são apenas os municípios”, afirmou Aranha, que foi eleito neste mês para presidir o Fórum Nacional de Gestores de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.

Plásticos
Lave-os bem para que não fiquem restos de produto, principalmente as embalagens de detergentes e xampus, que podem dificultar a triagem e o aproveitamento do material. Descarte a embalagem separada da tampa.

Vidros
Lave-os bem para retirar os resíduos restantes e deixe a embalagem separada da tampa. Em caso de vidro quebrado, embale-o em um jornal para evitar acidentes.

Metais
Latinhas de refrigerantes, cervejas e enlatados devem ser amassadas ou prensadas para facilitar o armazenamento.

Papéis
Podem ser guardados diretamente em sacos plásticos.

Lixo eletrônico
Os resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, chamados de lixo eletrônico, abrangem não somente os computadores e celulares, mas qualquer tipo de eletrodoméstico, como micro-ondas, geladeiras e máquinas de lavar roupas.

Esses aparelhos e baterias contêm substâncias que, se jogadas no lixo comum e direcionadas a um aterro sanitário, podem afetar o meio ambiente e impossibilitar a reciclagem do material. Uma boa dica para saber onde descartar esses produtos é por meio do site da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, que tem um sistema para consulta de locais que recebem esses aparelhos e dão encaminhamento ambientalmente adequado a eles.

Baterias e pilhas
Esses produtos devem ser descartados em postos de coleta específicos por conter chumbo, mercúrio e outros metais em sua composição, que são nocivos aos seres vivos. As baterias de celulares podem ser deixadas em qualquer uma das lojas das marcas do aparelho, em algum ecoponto ou em postos de entrega voluntária.

Medicamentos
Não é adequado jogar os remédios vencidos no vaso sanitário, na pia ou no lixo, pois têm substâncias tóxicas. A maneira correta de descartá-los é levá-los em pontos de coleta específicos, como farmácias, que realizam a logística reversa desses remédios

Óleo de cozinha
Ele pode ser armazenado em um recipiente com tampa, como uma garrafa PET ou uma embalagem de vidro, para, depois, ser destinado à coleta seletiva. Esse resíduo pode ser reaproveitado na produção de sabão e de biodiesel