Engenheiro santista explica como fazer o descarte correto de objetos perfurocortantes

Faca, tesoura, seringa ou alicate podem machucar quem recolhe o lixo domiciliar

Por: Anderson Firmino  -  15/06/22  -  14:58
Atualizado em 16/06/22 - 14:57
O cuidado na hora de se desfazer desse tipo de objetos deve ser redobrado
O cuidado na hora de se desfazer desse tipo de objetos deve ser redobrado   Foto: Divulgação

De repente, um corte inesperado. O braço, sangrando, revela o motivo: um objeto perfurocortante, como faca, tesoura ou alicate, que foi descartado de forma incorreta. A cena descrita acima é mais comum do que se imagina. Por isso, o cuidado na hora de se desfazer desse tipo de objetos é tão necessário.


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Engenheiro de Segurança do Trabalho da Terracom, Luiz Xavier ressalta a importância da forma adequada de se fazer esse descarte. “Um objeto perfurocortante sempre deve ser descartado separadamente, em coletor adequado, na fonte geradora, logo após o uso. O recipiente deve ser rígido, resistente, ter tampa e ser devidamente identificado, pois oferece riscos à saúde”, afirma.


Além disso, garrafas pets, caixas de leite ou papelão servem de recipiente para o descarte dos demais cortantes, como exemplo, o vidro, desde que a embalagem esteja bem identificada: “Cuidado, material cortante” Ou “Cuidado, vidro”.


“Outro ponto a ser destacado é que a população não pode nunca descartar o perfurocortante no lixo comum ou lixo reciclável”, frisa Xavier.


Riscos


O engenheiro de Segurança do Trabalho resume os riscos que essa prática inadequada representa. Ele lembra que os objetos perfurocortantes são classificados como um material de risco biológico, representando uma ameaça à saúde.


“Caso o material esteja contaminado e penetrar na pele de uma pessoa, ela corre o risco de se contaminar por doenças como hepatite B ou C, HIV, entre outras”, pontua.


Prevenção


Ele lembra que esse problema chega também aos colaboradores da empresa. Como o descarte desse material de forma incorreta, a aposta é na prevenção.


“Realizamos o Diálogo Diário de Segurança (DDS), além de treinamentos de segurança do trabalho. Os nossos coletores são capacitados com treinamentos contínuos sobre o uso de EPIs e manuseio dos resíduos”, conta.


O profissional explica, ainda que, em muitos bairros, são utilizados contentores que são içados automaticamente na caçamba do caminhão de coleta e, dessa forma, os coletores não tem contato com os resíduos.


“Apenas de todo o cuidado por parte da empresa com relação a capacitação dos coletores, é fundamental destacar que a população tem um papel preponderante nesse contexto.Deve ser consciente e fazer sempre o descarte de forma correta”, complementa.


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