A reciclagem vai muito além de separar o lixo em Santos; VÍDEO

Além da natureza, trabalhadores do setor também saem ganhando com a prática

Por: Redação  -  03/12/21  -  07:03
Atualizado em 16/12/21 - 18:28
ONG Sem Fronteira, em Santos
ONG Sem Fronteira, em Santos   Foto: Thiago D'Almeida/AT

Reciclar vai além de cuidar do meio ambiente. O simples ato de separar o lixo orgânico do material que pode ser reaproveitado em casa vira, também, sinônimo de geração de trabalho e renda para muitas famílias. É o que faz a ONG Sem Fronteira, em Santos. “A nossa cooperativa tem 11 anos de fundação, e a gente faz esse trabalho para a sociedade, para a Cidade e para o meio ambiente”, explica o presidente da instituição, Marcelo Adriano da Silva.


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O trabalho começa com a coleta do material no Município. A ONG tem, inclusive, contrato de prestação de serviço com alguns condomínios para a retirada dos resíduos. Isso porque somente a venda do reciclável removido das ruas não é suficiente para custear a operação e despesas da instituição, diz Silva.


“A retirada do material nos prédios ocorre atendendo a Lei (Complementar) Municipal 952. A legislação determina que os grandes geradores têm que fazer a destinação de seu resíduo reciclável para as cooperativas e de resíduo orgânico para o aterro por meio de uma empresa que esteja prestando esse serviço.”


Trabalhadores
Na ONG, trabalham pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. São catadores e catadoras que separam todo o material que chega à instituição diariamente e o preparam para ser enviado a indústrias na Capital.


Essas empresas são as responsáveis pelo reaproveitamento e pela transformação do lixo em novos produtos ou nova matéria-prima, um processo que reduz o impacto ambiental.


“O papelão vai se transformar em novas caixas, em papel sulfite. O mesmo ocorre com o plástico, que vai se transformar em novas embalagens. Assim, a gente conserva recursos naturais e aproveita a reciclagem, gerando trabalho e renda.”


Segundo Silva, a atuação da ONG se divide em três pilares. No primeiro, está a coleta do material. Com isso, é possível evitar que os resíduos parem em aterros sanitários, levando, até, milhões de anos para se decompor. No segundo, há a questão social. A coleta e a separação do material geram trabalho e renda para quem vive em situação de vulnerabilidade social.


A terceira base é a economia de recursos naturais. “Por isso, a reciclagem é tão importante neste momento do nosso País e do planeta”, avalia.


Ele salienta que material descartado de forma errada gera prejuízo ambiental e financeiro para todos. “A gente já vê isso nos oceanos, onde muitos animais confundem esse material com alimento, o acabam ingerindo e, às vezes, morrendo por causa do descarte sem consciência.”


Clique aqui e veja algumas dicas para a separação


Lixo Limpo?
Não existe lixo limpo como popularmente se convencionou chamar o material reciclável. O alerta é feito pelo presidente da ONG Sem Fronteira, Marcelo Adriano da Silva. “Material reciclável é totalmente diferente do lixo. A gente sempre coloca isso como forma de atualizar as pessoas. Porque não existe lixo limpo ou ele é material reciclável e vai para coleta seletiva ou é lixo”.


Contato
Condomínios interessados podem entrar em contato com a ONG pelo número (13) 97402-2123


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