10 KM Tribuna FM-Unilus, uma corrida com muita história para contar

Uma das maiores corridas do País, a principal na distância 10 km, com certeza, os 10 KM Tribuna FM-Unilus já começa grande para a época e até hoje a prova impressiona

Por: Por ATribuna.com.br  -  10/03/20  -  15:04
 Vanderlei Cordeiro de Lima venceu a edição de 1997
Vanderlei Cordeiro de Lima venceu a edição de 1997   Foto: Arquivo

São 34 anos de história ininterruptos! Se nessas três décadas um momento tiver de ser destacado como o principal nessa grande trajetória, as opiniões serão diferentes. São várias situações e conquistas a serem lembradas. O crescimento contínuo do público, as vitórias emblemáticas – e não foram poucas – e os grandes nomes presentes.


Uma das maiores corridas do País, a principal na distância 10 km, com certeza, os 10 KM Tribuna FM-Unilus já começa grande para a época e até hoje a prova impressiona, sobretudo pela grande participação popular, tanto nos famosos pelotões, as equipes formadas por academias, clubes, empresas, quanto pelo público assistindo o evento.


Na parte competitiva, a história é repleta de grandes personagens, incluindo os maiores nomes das corridas de rua do País. Ícones como Ronaldo da Costa, Vanderlei Cordeiro de Lima e Marilson Gomes dos Santos garantiram conquistas marcantes. Ronaldinho foi bicampeão antes mesmo de ser o melhor do Mundo nas maratonas, Vanderlei venceu, bateu o recorde, que durou 14 anos, comemorando com o famoso “aviãozinho” e Marilson alcança a marca de seis vitórias.


A prova também é conhecida como a mais rápida do Brasil, por seu percurso totalmente favorável, plano, ao nível do mar, feito em grandes retas e vias largas, e os atletas tendo o incentivo constante dos espectadores. Os recordes falam por si, com incríveis 27 minutos e 22 segundos no masculino e 30min57s, entre as mulheres.


Em 1986, a corrida já começa grande para a época, com 950 inscritos, 600 largando e 447 concluintes. E de lá para cá, foi ganhando força, impulsionado pela divulgação no jornal A Tribuna, rádio Tri FM e depois TV Tribuna e agora o G1 Santos e região, criando um clima de disputa de alto nível e de participação popular. O ápice foi em 2015, com 21 mil participantes.


Nos 34 anos de disputa, foram vários momentos especiais. Em 1992, a prova já tinha 1.322 participantes, um número significativo para a época. O crescimento, sempre de forma planejada para que a estrutura atendesse bem a demanda, foi seguindo. Um passo importante aconteceu em 1993, ao surgir o que se tornou tradição e até hoje é uma das grandes atrações do evento entre os amadores, os famosos pelotões.


Já na elite, todos os grandes atletas brasileiros das corridas de rua não só participaram como fizeram história. Os primeiros campeões foram Cláudio Ribeiro e Rosa Maria Leal. Nas oito edições seguintes, dois nomes se destacaram, com tricampeonatos: Silvio Maia e Leone Justino, com o último triunfo santista na prova, ainda em 1994. Odiles Marçal e Magali Aparecida também fizeram bonito, cada um com dois primeiros lugares.


E foi justamente no último ano que um representante de Santos subiu no lugar mais alto do pódio que a prova começa a ganhar projeção. Vindo de vitória na Maratona de Boston, Luiz Antonio dos Santos “abriu” o caminho para a prova se tornar reconhecida nacionalmente, ao ganhar os 10 KM Tribuna FM em 94. Foi o primeiro atleta a completar a prova abaixo dos 30 minutos, com 29min24s.


A partir daí os principais atletas passaram a ver a corrida de Santos como um objetivo. Ronaldo da Costa, que já teve a melhor marca em maratonas do Mundo, fatura o bicampeonato nos dois anos seguintes, em 95 e 96, e logo em 97 foi a vez de Vanderlei vencer e mostrar que os melhores haviam descoberto a disputa, ao estabelecer o recorde, com incríveis 28min01s.


Eram os principais corredores do Brasil reconhecendo a organização, o percurso, a qualidade da prova. Essa constatação fica mais evidente com a primeira vitória internacional logo em 98, com a equatoriana Martha Tenório, que já era famosa no Brasil pela vitória na São Silvestre.


No ano seguinte, Martha repetiu o título e o Uruguai Nestor Garcia foi o vencedor, na primeira dobradinha estrangeira em Santos. O ano de 99 também foi marcante, pela estreia do atleta que viria a ser o maior nome da história dessa corrida, Marilson Gomes dos Santos, já mostrando seu potencial logo com o segundo lugar.


Africanos


Na 15ª edição da prova, no ano 2000, os africanos começam a engrandecer ainda mais a trajetória dos 10 KM Tribuna FM-Unilus, com o carismático angolano João Ntyamba abrindo o caminho. Naquele ano o primeiro atleta do Quênia corre a prova, Willian Mysyoke, terminando em sexto lugar.


Em 2001, Leah Kiprono foi a primeira queniana campeã, iniciando uma incrível série de nada menos que 21 primeiros lugares, dez masculinos e 11 femininos. De lá para cá, os africanos já somam 26 vitórias em 68 títulos da corrida. Além de Angola e Quênia, Tanzânia e Uganda, já chegaram ao lugar mais alto do pódio.


Ainda em 2001, a prova chega a 5,5 mil inscritos e continua crescendo. Em 2003, outra decisão importante da organização, o evento passa a ter data fixa, sempre no terceiro domingo de maio, um domingo depois do Dia das Mães, para que atletas possam se programar.


 Angolano João Ntyamba venceu por três anos os 10 KM Tribuna FM-Unilus
Angolano João Ntyamba venceu por três anos os 10 KM Tribuna FM-Unilus   Foto: Arquivo

Em 2007, mais uma importante personagem feminina da prova entra de vez para a história. A paraibana Ednalva Lauriano, a Pretinha, chega ao tetracampeonato na elite. Até então, nenhum atleta havia comemorado quatro conquistas na prova.


O hexa


Já em 2011, Marilson chega ao respeitado hexacampeonato e bate o recorde, com 27min59s. A queniana Eunice Kirwa baixa o seu recorde feminino para 32min07s, com o tricampeonato entre as mulheres. Também foi estabelecido o percurso atual, que se torna ainda mais rápido, com a utilização da Avenida Rangel Pestana, logo após o túnel, passando pela Arena Santos, para chegar à Avenida Ana Costa, com uma reta larga, ao invés de várias curvas e ruas estreitas.


O ano foi de mudanças, com a largada em “ondas” para facilitar o fluxo no início da disputa. O evento passa a ter o patrocínio master do Centro Universitário Lusíada (Unilus), dividindo o nome do evento, que passa a ser chamado10 KM Tribuna FM-Unilus.


Em 2012, o percurso que já tinha a fama de ser o mais rápido do Brasil ganha projeção mundial com a incrível vitória da queniana Paskalia Kipkoech, estabelecendo o recorde, com incríveis 30min57s. Foi o segundo melhor tempo do mundo naquele ano, segundo registro da Federação Internacional de Atletismo.


Foi também a edição da primeira dobradinha queniana na prova, com Mark Korir sendo o melhor no masculino. A prova segue se estruturando, crescendo e passa a ter a inscrição feita exclusivamente pela internet.


A marca mais rápida também passa para os quenianos em 2013, com a primeira das duas vitórias de Edwin Kipsang Rotich cruzando a linha de chegada em 27min45s. Em 2017, o Brasil volta a brilhar, com a vitória de Tatiele Roberta de Carvalho, depois de uma hegemonia africana de oito anos na prova feminina.


O recorde masculino troca de pés em 2018, segue no Continente Africano, mas vai para Uganda, comMaxwell Kortek Rotich, vencendo com 27min22s. Já entre as mulheres, Paskalia volta a Santos e comemora o bicampeonato, com 32min15s. No ano passado, o Quênia volta a fazer uma dobradinha, depois de quatro anos, com Nicolas Kiptoo KosgeieEsther Chesang Kakuri.


 Em 2017, o Brasil volta a brilhar, com a vitória de Tatiele Roberta de Carvalho
Em 2017, o Brasil volta a brilhar, com a vitória de Tatiele Roberta de Carvalho   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Inscrições


O 35º 10 KM Tribuna FM-Unilus está confirmado para o dia 17 de maio, pelas ruas de Santos, com largada no Centro e chegada na Praia do Gonzaga, com os dois últimos quilômetros numa reta pela orla.As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo sitedos 10 KM Tribuna FM-Unilus.


A taxa é de R$ 111,00, sendo que além do titular do Clube do Assinante A Tribuna, os idosos (60 anos em diante) pagam metade desse valor. Quem escolher o Pelotão Premium, largando junto com a Elite A masculina, a inscrição é de R$ 398,00. Todos os inscritos ganharão camiseta, sacochila e viseira na retirada do kit, além da medalha de participação, ao completar o percurso.


Mais informações sobre o 35º 10 KM Tribuna FM-Unilus pelo e-mailtrieventos@grupo-tribuna.com.


Todos os campeões dos 10 KM Tribuna FM-Unilus


34ª edição – 2019


Nicolas Kiptoo Kosgei(Quênia) – 28min41s
Esther Chesang Kakuri(Quênia) – 33min27s


33ª edição – 2018


Maxwell Kortek Rotich (Uganda) – 27min22s(recorde)
Paskalia Chepkorir Kipkoech (Quênia) – 32min15s


32ª edição – 2017


Paul Kipkorir Kipkemoi (Quênia) – 28min27s
Tatiele Roberta de Carvalho – 33min30s


31ª edição – 2016


Paul Kipkorir Kipkemoi (Quênia) – 28min55s
Failuna Abdi Matanga (Tanzânia) – 32min48s


30ª edição – 2015


Edwin Kipsang Rotich (Quênia) – 28min20s
Nancy Jepkosgei Kiprop (Quênia) – 32min28s


29ª edição – 2014


Joseph Kachapin Aperumoi (Quênia) – 28min17s
Nancy Jepkosgei Kiprop (Quênia) – 32min13s


28ª edição – 2013


Edwin Kipsang Rotich (Quênia) – 27min45s
Nancy Jepkosgei Kiprop (Quênia) – 32min36s


27ª edição – 2012


Mark Korir (Quênia) – 28min01s
Paskalia Kipkoech (Quênia) – 30min57s (recorde)


26ª edição – 2011


Marilson Gomes dos Santos – 27min59s
Eunice Kirwa (Quênia) – 32min07s


25ª edição – 2010


Marilson Gomes dos Santos – 28min18s
Eunice Kirwa (Quênia) – 33min04s


24ª edição – 2009


Marilson Gomes dos Santos – 28min16s
Eunice Kirwa (Quênia) – 32min52s


23ª edição – 2008


Joseph Kibiott Ngetich (Quênia) – 28min47s
Fabiana Cristine da Silva – 34min10s


22ª edição – 2007


Lawrence Kiprotich (Quênia) – 28min06s
Ednalva Lauriano – 33min12s


21ª edição – 2006


Marilson Gomes dos Santos – 28min27s
Bertha Oliva Sanches (Colômbia) – 33min23s


20ª edição – 2005


Marilson Gomes dos Santos – 28min30s
Margaret Karie (Quênia) – 33min56s


19ª edição – 2004


Benson Cherono (Quênia) – 28min10s
Ednalva Lauriano – 33min22s


18ª edição – 2003


Marilson Gomes dos Santos – 28min18s
Ednalva Lauriano – 33min25s


17ª edição – 2002


João Ntyamba (Angola) – 28min50s
Ednalva Lauriano – 33min16s


16ª edição – 2001


João Ntyamba (Angola) – 28min24s
Leah Kiprono (Quênia) – 33min44s


15ª edição – 2000


João Ntyamba (Angola) – 28min27s
Fabiana Cristine da Silva – 33min22s


14ª edição – 1999


Nestor Garcia (Uruguai) – 28min15s
Martha Tenório (Equador) – 33min09s


13ª edição – 1998


Valdenor dos Santos – 28min26s
Martha Tenório (Equador) – 32min57s


12ª edição – 1997


Vanderlei Cordeiro de Lima – 28min01s
Carmen de Oliveira – 33min47s


11ª edição – 1996


Ronaldo da Costa – 28min20s
Marcia Narloch – 33min49s


10ª edição – 1995


Ronaldo da Costa – 28min14s
Roseli Machado – 32min12s


9ª edição – 1994


Luiz Antonio dos Santos – 29min25s
Leone Justino – 35min50s


8ª edição – 1993


Odiles Marçal – 30min30s
Leone Justino – 37min26s


7ª edição – 1992


Odiles Marçal – 30min46s
Sonia Maria Marques – 36min50s


6ª edição - 1991


Silvio Maia – 31min12s
Leone Justino – 38min38s


5ª edição – 1990


Silvio Maia – 31min09s
Magali Aparecida – 38min38s


4ª edição – 1989


José Gama Ribeiro – 34min54s
Magali Aparecida – 38min02s


3ª edição – 1988


Silvio Maia – 30min20s
Elisabeth Ribeiro – 40min14s


2ª edição – 1987


José Milton dos Santos – 41min47s
Luiza Felix do Nascimento – 50min29s


1ª edição – 1986


Cláudio Ribeiro – 30min53s
Rosa Maria Leal – 37min00s


Evolução do número de inscritos


2019– 20.000


2018– 17.578


2017– 20.431


2016– 20.111


2015– 21.026


2014– 19.841


2013– 18.172


2012– 16.500


2011– 16.000


2010– 15.000


2009– 15.000


2008– 14.000


2007– 12.500


2006– 12.000


2005– 11.500


2004– 10.000


2003– 7.000


2002– 6.000


2001– 5.500


2000– 4.395


1999– 4.500


1998– 4.100


1997– 3.739


1996– 3.537


1995– 3.000


1994– 1.800


1993– 1.547


1992– 1.322


1991– 708


1990– 400


1989– 400


1988– 200


1987– 400


1986- 950


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