Não se trata de reclamação e, sim, de sugestão. Sabe-se que a vitamina D é essencial para o nosso corpo, especialmente para idosos, bebês e gestantes. Ela é gratuita. Basta tomar sol para nosso corpo produzi-la. Porém, estamos privados dela, confinados em casa, sem poder usufruir da faixa de areia e dos jardins da praia. Não entendo por que não podemos utilizá-los. Confesso que estou sentindo muita falta e tenho mesmo necessidade das caminhadas diárias. Atrevo-me até a dizer que minha saúde está sendo prejudicada. Tenho 63 anos e algumas comorbidades, como muitos idosos e boa parte da população. Acredito que poder usufruir desse contato com a natureza seria de fundamental importância, tanto para a saúde quanto para o bem-estar da população.
Oscar Hernique Ferreira - Santos
Na calçada em frente da minha casa, há um vazamento de esgoto que reportei à Ouvidoria no dia 19 de maio, protocolo 11830/20, e nada foi feito. Relatei novamente à Ouvidoria, protocolo 12664/20, no dia 4 de junho. Tenho 89 anos e não posso caminhar na minha própria calçada. Será que terei que esperar mais ainda pela solução disso?
Reynaldo Casado Lima - Santos
Há 70 anos, na escola onde estudei, em Portugal, um dos alunos se levantou e disse ao professor que iria botar algo no lixo. O professor, então, perguntou aos alunos “quem é que bota?” e a resposta foi “é a galinha”. Há pouco tempo, ouvi um ministro falando que botava os malandros na cadeia. Que volte o ensino de antigamente, para as pessoas aprenderem os significados das palavras.
José Martins de Barros - Santos
A vida de professor não é nada fácil. Acredito que todos do meio já passaram pelo constrangimento de ouvir aquela perguntinha trivial: “Mas você só dá aula?” Ah! Se você é um professor, tenho certeza de que já ouviu isso. Certo dia, conversando com minha mãe, eu mal acabara de lhe contar que achava constrangedora essa pergunta e ela fez a mesma pergunta sobre um colega meu: “Mas ele só dá aula?” Soltei um berro. Em tempos de pandemia, creio eu que esse professor “que só dá aula” esteja ganhando mais alguns atributos. Nesta semana, vi mensagem de uma mãe dizendo que estava esperando que o governo dividisse o salário dos professores com ela, pois estava muito difícil fazer o papel daquele “que só dá aula”. Em contrapartida, viralizou o áudio de uma criança que dizia que estava morrendo de saudade da professora e que a mamãe não ensinava como ela. É surpreendente como esse profissional tão banalizado é também inexplicavelmente essencial. Um exemplo, bem simples que posso lhe dar, é que, se você está lendo esse texto agora, é porque provavelmente um professor o ensinou a ler. Ser professor é também aprender, um aprender quase diário. Com a chegada dessa pandemia, então, a classe teve que aprender milhões de coisas em um curto espaço de tempo. Agora é assim, sala de professores virou grupo de WhatsApp. E há tutoriais, planilhas, Google Classroom, Meet, Forms, experiências positivas e negativas, mensagens sem-fim. O que mais marcou meu aprendizado nesse período de distanciamento social foi o dia em que aprendi a palavra streamer. Estava eu em videochamada com uma turma, e conversa vai, conversa vem, chegamos ao assunto do mau exemplo de blogueiros e influenciadores digitais nas redes sociais. De repente, um dos alunos comentou: “Pior foi uma streamer que deu vodca para o gato!” Juro que me vi em situação complicada, pois não sabia o significado de streamer. Como era a minha primeira videochamada com a turma, fingi naturalidade, não questionei o significado da palavra, pois não queria parecer atrasada no vocabulário internetês e prossegui com a aula, que foi um sucesso. Ou, como dizem meus alunos, detonamos. Mas adivinhem qual foi a primeira coisa que fiz assim que terminei a aula? Isso mesmo, fui pesquisar o significado da palavra streamer. Quanta falta faz um professor de Inglês, né?
Suze Almeida - Cubatão
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