Tribuna do Leitor - 8 de agosto de 2020

Na edição deste sábado (8), participações de Grupo de Proteção da Família e da Cidadania em Santos, Bruno Pompeu, Wagner Fernandes Guardia e Uriel Villas Boas

Por: Da Redação  -  08/08/20  -  13:05

Incinerador de lixo 


Temos que nos unir no apoio ao promotor de Justiça de Santos, dr. Adriano Andrade de Souza, sobre o projeto do incinerador de lixo em Santos. A maioria dos participantes criticou a pressa para aprovação de um projeto que irá causar impactos ambientais. Também foi lembrado que o Comitê Municipal de Análise de Impacto de Vizinhança exige audiências públicas presenciais, o que não ocorreu devido a pandemia. O assunto deve ficar para 2021, após a vacinação da população. Será preciso realizar audiência pública presencial e ouvir o parecer das autoridades ambientais e dos moradores do local onde se pretende instalar a usina. Estudiosos do assunto dizem que essa técnica já está ultrapassada porque existem processos modernos, que não causam tantos impactos ambientais. Vamos aguardar mais estudos e esperar que o Ministério Público de Santos acompanhe todo o processo.
Grupo de Proteção da Família e da Cidadania em Santos


Quarentenas


No Antigo Testamento, em Levítico, aldeias cumpriam quarentena obrigatória ao terem contato com leprosos, como única medida de contenção da enfermidade. Em casos de doenças pustulentas, febris e com torpor, a reclusão do moribundo era imperiosa. 40 dias e 40 noites teria sido o tempo que Jesus levou para atravessar o deserto a pé. No catolicismo, aliás, quarenta dias, entre o Carnaval e a Páscoa, marcam a quarentena cristã. Durante a história das civilizações, o homem entendeu que 40 dias de reclusão eram imprescindíveis para a contenção de pestes. Na Idade Média, para enfrentar a Peste Negra, só com isolamento, também nominado de "Quarantino", oriundo do italiano arcaico. Para tentar impedir a entrada da varíola no novo continente, nossos antepassados recém-chegados do Velho Mundo eram alojados em hospedarias de imigrantes para frear contaminações. Aqui, em Santos, a Hospedaria dos Imigrantes - hoje, caindo aos pedaços e abandonada - mal recebia seus hóspedes e já os mandava em frente, às lavouras do interior. Ainda criança, ouvíamos de nossas avós: "silêncio, sua mãe está na quarentena!", cujo significado verdadeiro era só compreendido por adultos. Naquela época, infecções nas semanas seguintes ao parto eram morte inexorável porque não havia antibióticos. O fato é que quarentena não mais significa um prazo de 40 dias e, sim, um período de arrefecimento, de calmaria à tempestade infecciosa da ocasião. É um número de dias estimado conforme o período de incubação ou contenção epidemiológica de algumas moléstias infectocontagiosas. Hoje, em plena pandemia, é uma medida sanitária obrigatória
Bruno Pompeu - Santos


Patrimônio em risco


Um povo que não preserva a sua história não se preocupa com o seu futuro. Há tempos que o maior sítio arqueológico do país, que fica no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, está sob risco. O nível de preocupação aumentou agora, neste período de pandemia, com a demissão de funcionários e a redução de recursos para a sua preservação. O tempo passa e as pinturas pré-históricas vão se apagando pela ação do tempo, do vandalismo e pelo descaso. Temos muito a agradecer por tantos profissionais e pessoas que lutam pela preservação de patrimônios de nosso País. Contudo, enquanto tivermos uma sociedade que, de forma geral, pouco se importa com a preservação de seus bens e autoridades que menosprezam a Educação, a Cultura e a Ciência, o Brasil verá seus patrimônios culturais, históricos e intelectuais se deteriorando a cada dia. 
Wagner Fernandes Guardia - São Vicente


Retomada


O Judiciário retoma suas atividades depois do recesso provocado pela pandemia. E, entre outros processos, vai analisar aqueles que afetam a família do atual presidente e seus aliados. É uma situação que não pode ser colocada em segundo plano. Quem ocupa o cargo maior da República precisa agir de forma transparente e, sobretudo, não pode dar margem a investigações em razão de comportamentos inadequados. Que os processos não sejam atingidos por medidas protelatórias.
Uriel Villas Boas - Santos


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