Tribuna do Leitor - 3 de junho de 2020

Na edição desta terça-feira (3), participações de Elizeu Ferreira dos Santos, Persio Boschetti Júnior, João Horário Caramez e Cabeb Soares

Por: Da Redação  -  03/06/20  -  17:49

Explicações


Em resposta aos leitores Fábio Matias e Luiz Vinagre escrevo hoje. Malgrado, o espaço seja exíguo, portanto, serei breve. Pela ordem, o sr. Fábio fala sobre inquérito que corre na última instância do Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal. A esse respeito, só umas linhas que vale para ambos: um País que não respeita sua Constituição e a sua Corte Superior, acusando o Poder Judiciário de "interferir em prerrogativas do Executivo", demonstra desconhecimento do funcionamento das Instituições e aposta na anomia do Estado brasileiro, constituído à duras penas pelos maiores pensadores que este país já teve. Ademais, desconhecem Montesquieu, e sua célebre obra “Do Espírito das Leis”, onde propôs e obteve sucesso na divisão do Estado e na tripartição independe dos Poderes. Tudo bem, bolsonaristas não são afeitos aos livros, mas vale o esforço. Em frente, ao leitor Luiz Vinagre, só mais algumas linhas. Porque me acusa de “defensor da corrupção”, portanto, perdoem-me ser incisivo na resposta. Talvez, o senhor tenha lido meu texto com intenção de desvirtuar minhas palavras, prática comum aos crentes da seita bolsonarista. Ainda aproveito o momento, democraticamente cedido por A Tribuna, e dou mais duas dicas de leitura: 1) Constituição da República, em específico caput do art. 1º, onde encontra-se descrito que somos um Estado Democrático de Direito; 2) O Federalista, de Alexander Hamilton. Ao menos, enobrece o espírito. Por fim, agradeço a audiência dos senhores.
Elizeu Ferreira dos Santos - São Vicente


Nota da Redação


Com a publicação desta carta, A Tribuna considera este assunto encerrado.


Reparo histórico


O artigo do dr. Mario Mello, Consequência das irresponsabilidades, merece reparo histórico importante. Da forma colocada, ao observador menos atento, ficará a imagem de que o governo FHC foi de esquerda, estatizante. Isso não resiste a uma análise superficial. A marca dos governos de esquerda é todo poder ao Estado. Classificar como de esquerda um governo que fez um dos maiores programas de desestatização do mundo é uma total inversão de valores, sem nenhum compromisso com a história. Com a privatização de estatais, FHC evitou a derrocada total da economia brasileira. Ou alguém tem alguma razão para acreditar que o PT não iria fazer na Vale, na Siderbras, na Telebrás e respectivos fundos de pensão, o aparelhamento que fez na Petrobrás, Correios e outros? E a Lei de Responsabilidade Fiscal é coisa de comunista? O tempo é o senhor da razão. A verdade histórica sempre prevalece.
Persio Boschetti Júnior - Santos


Impossível


Como poderíamos esperar que o nosso presidente tivesse apoio do Supremo Tribunal Federal, quando de um total de onze juízes, sete foram indicações do Partido dos Trabalhadores? Assim, não há "orelha" que aguente. Para bom entendedor, meia palavra basta! O País necessita, com urgência, de um Supremo onde os juízes estejam comprometidos com o povo e a justiça e não, com os partidos políticos. O presidente Bolsonaro está tentando fazer a sua parte, mas com esse Congresso, fica impossível. Oremos.
João Horário Caramez - Santos


Lotação perigosa


Registro a incoerência e falta de bom senso das autoridades quanto às normas para conter a pandemia. Seria possível, por exemplo, decretar lockdown, medida bem mais rigorosa, de confinamento, quando o simples isolamento social não resolve? Além de outros cuidados, é imperativo evitar aglomerações. Não se pode praticar exercícios físicos nas praias, tampouco tomar sol, mesmo que fornece a vitamina D que o corpo precisa para aumentar a imunidade. E não surfar para não ser molestado ou, mesmo, detido. Mas, o cúmulo da insensatez foi o que constatei em uma viagem de ônibus de Santos para São Vicente. Esperei por 40 minutos no ponto de ônibus porque, certamente, diminuíram o número de veículos em circulação. Quando chegou, estava com absurda lotação. Como o dito popular, não cabia nem pensamento. É necessário revisar a quantidade de ônibus disponíveis, tanto quanto, disciplinar usuários.
Cabeb Soares - Santos


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