Tribuna do leitor - 26 de outubro

Participaram desta edição Valter José Vieira, João Horácio Caramez, Karina dos Santos Marques da Silva e Carmine Mario Buonfiglio

Por: Da Redação  -  26/10/20  -  12:15

Otimizar custos


O catador, sr. Eliseu, empurra a carroçadas 5 às 15 horas e vende o que conseguiu recolher para o sucateiro. Ao comprar um pão, paga 25% de tributos, mas nada deve. Já o Brasil, com déficit de 861 bilhões, assiste ao endividamento sem reduzir despesas. A intricada burocracia compromete a governabilidade. 


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A oposição não aceita outro resultado a não ser o poder. O fiasco da Lava Jato só encontrou “inocentes”, expondo o país ao ridículo diante do mundo. Talvez seja o momento reavaliar toda estrutura e otimizar os custos. Como explicar o custo/benefício da Estação Antártica Comandante Ferraz diante de tanta carência, fome e miséria de milhões de brasileiros? O custo/benefício da recuperação da Maria Fumaça e de sua raiz ferroviária ou a recuperação do navio oceanográfico Prof. W. Besnard? Será que estes projetos podem ser viabilizados com o déficit? Certamente, o sr. Eliseu será chamado a pagar a conta destes projetos e de tantos outros.


VALTER JOSÉ VIEIRA - SÃO VICENTE


Revolta popular


Em meados de 1904, mesmo com o surto da varíola, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no líquido de pústulas de vacas doentes. E ainda corria o boato de quem se vacinasse ficaria com feições bovinas. No Rio de Janeiro, a vacina era obrigatória para as crianças desde 1837 e para os adultos em 1846. Mas essa resolução não era cumprida. Em junho de 1904, através de um projeto do médico Oswaldo Cruz, a obrigatoriedade da vacina foi estendida a todo o território nacional. Sem o comprovante da vacinação, ninguém conseguia trabalho, matrículas em escolas, certidões de casamento e autorização para viagens, entre outros. O povo, já tão oprimido, não aceitava ver sua casa invadida e ter que tomar uma injeção contra vontade. Em novembro, o povo saiu às ruas e o caos se instalou no Rio de Janeiro. Foram tiros, bondes queimados, lampiões quebrados, árvores derrubadas e edifícios públicos deteriorados. Foi uma ação desastrosa do governo, que diminuiu a adesão à vacina. Alguém precisa avisar ao sr. João Doria que ele é apenas o governador de São Paulo e não, o dono. Muita calma nessa hora.


JOÃO HORÁCIO CARAMEZ – SANTOS


Julgo social


Apesar de termos leis no Brasil que defendem a integridade sexual das mulheres, ainda existe a cultura do estupro predominante em nosso meio, onde muitos indivíduos condenam a mulher com frase “você estava pedindo por isso”. Chega-se sempre ao mesmo resultado, que é a condenação penal do estuprador (na maioria das vezes) e a condenação social da mulher, vítima do pior julgo da sociedade por algo do qual que ela jamais teve culpa. Em 2019, o número de estupros foi de 66.041. Os registros apontam que, apenas em São Paulo, foram 11.788 em 2018 e 12.836 vítimas em 2019 (FBSP). O problema do estupro não está na lei e, sim, no brasileiro que condena a vítima de estupro. Essa postura vai do leigo ao mais inteligente dos cidadãos, pois não importa classe social ou formação acadêmica. Esse assunto é tratado da mesma forma, com o mesmo pensamento, em muitas partes da sociedade.


KARINA DOS SANTOS MARQUES DA SILVA - GUARUJÁ


Importante questão


O que acontece na política brasileira que permite mais de uma reeleição de candidatos a qualquer cargo do Legislativo? Uma reeleição é até razoável. Nesta eleição para a Câmara Municipal de Santos, tem candidato que está tentando sua quarta ou quinta reeleição, como se fosse um cargo vitalício. E ninguém fala nada. Essa situação precisa ser revista com urgência. Por que o Congresso não edita uma Proposta de Emenda Constitucional colocando um ponto final nessa espécie de emprego? Sem novas candidaturas, não haverá nunca uma revitalização na política brasileira. Chega de sempre os mesmos candidatos aparecerem na "telinha" pedindo votos. Espero que alguém abrace essa causa, pois os eleitos em outras eleições não realizaram suas propostas quando estavam no cargo, não o farão agora. Olho neles. Desculpem a intromissão, mas era importante levantar essa questão.


CARMINE MARIO BUONFIGLIO – SANTOS


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