Tribuna do Leitor - 22 de maio de 2020

Na edição desta sexta-feira (22), participações de Daniel Marques, Henrique M. C. Cruz, Sergio Fang e Bruno Karaoglan Oliva

Por: Da Redação  -  22/05/20  -  18:20

Iniciativa bem-vinda


Ficamos felizes em receber, gratuitamente, em nossa propriedade rural um biodigestor do Instituto Cenibra para tratamento do esgoto que antes era despejado em uma fossa comum. Todos os moradores rurais na área de atuação dessa empresa estão felizes pelas suas propriedades estarem livre de maus odores, preservando o lençol freático, em um ambiente saudável, com maior segurança para pessoas e animais e reaproveitamento da matéria orgânica nos plantios. Ressalto que o custo de um biodigestor torna sua aquisição inacessível para a maioria dos proprietários rurais. Acrescento que diversos estudos demonstram que cada real investido em saneamento básico gera uma economia de sete reais em saúde. Portanto, a iniciativa desse Instituto merece ser divulgada e incentivada pelo poder público e privado. 
Daniel Marques - Minas Gerais


Multa questionável


Por que só a cidade de Santos vai multar munícipes que não usarem máscaras faciais ao saírem nas ruas? Entre todas as cidades que compõem a Baixada Santista, Santos é a única com multa estipulada em R$100,00 e, na reincidência, esse valor duplica. Para responder à pergunta acima, podemos dizer que o prefeito parece não ter confiança nos munícipes, mas esses mesmos munícipes depositaram confiança nele nas últimas eleições. Também nos causa muita estranheza que os recursos arrecadados com essas multas, inclusive de pessoas jurídicas, serão destinados à compra de EPI´S para pessoas em situação de vulnerabilidade. Essa obrigação é das prefeituras. E, mais, como moradores de rua irão pagar essas multas se não têm dinheiro nem para comer? Daqui a pouco, seguindo o governador João Doria, virá decreto municipal para prisão dos que não usarem as referidas máscaras. 
Henrique M. C. Cruz - Santos


Mobilidade Urbana


O transporte público estará em baixa até a crise ser controlada, devido ao risco de contágio. A Baixada Santista necessita rever seus planos e ousar como Amsterdã fez, onde 61% das pessoas usam bicicletas ou caminham para a realização das suas atividades diárias. Temos que expandir nossa rede de ciclovias e melhorar o estado de nossas calçadas, com vias interligadas, para que os habitantes que hoje dirigem, troquem os pedais do acelerador do carro pelo das bicicletas ou por pares de tênis. Paris, por exemplo, tem ajuda financeira para compra e reparos de bicicleta. É preciso, quando do desbloqueio da quarentena, implementar ciclovias temporárias, reprogramar os sinais nos cruzamentos e criar corredores exclusivos para bicicletas. Outras medidas também se fazem necessárias, como abertura do comércio com diferentes escalas de horários de entrada e saída dos seus funcionários e incentivo ao trabalho remoto. É a chance única que esta geração tem para reformular o transporte e reduzir a poluição.
Sergio Fang - Santos


Resposta


Em resposta a opinião de Eliana Martins Serrão, publicada nesta quinta-feira (21), nesta coluna, agradeço pela crítica, que possibilita melhor explicação.Também não concordo com o Bolsonaro que falava em abertura por mero "achismo". Menos ainda em receitar "Cloroquina", mesmo testes mostrando graves efeitos colaterais. Uma insanidade que ultrapassa a já constatada irresponsabilidade. Entretanto, justifico que minha posição na coluna de 20/05/2020 mudou quando assisti uma reportagem com pesquisa da UFMG, ou seja, com cientistas, fazendo experimentos e mostrando a ausência de contaminação, desde que tomados alguns cuidados. Por isso, não vejo razão nenhuma de continuar fazendo isolamento, muito menos de deixar paradas as atividades comerciais que completaram 60 dias. Apenas concluo que não se trata de "opinião", mas de "pesquisa científica!"
Bruno Karaoglan Oliva - Santos


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