Tribuna do Leitor - 22 de junho de 2020

Na edição desta segunda-feira (22), participações de Roberto Cipullo, Orlando Novaes Neto, Antonio Tadeu Torres e Juan Manuel Villarnobo Filho

Por: Da Redação  -  22/06/20  -  17:41

Novos tempos


Está surgindo um conjunto de manifestações, desencadeadas principalmente pelo terrível, desumano e absurdo comportamento de policiais brancos americanos. Essas manifestações alcançaram o mundo e a consciência antirracista está, finalmente, se desenvolvendo. Já não é sem tempo. É fundamental abolir todo tipo de discriminação, seja ela de raça ou de gênero. Que esses movimentos sejam o estopim para que todos os povos e raças sejam respeitados. Lembramos que, em nosso país, as estatísticas mostram que a maior parte de assassinatos feitos pela polícia têm como vítimas pessoas negras e pobres. Os movimentos antirracistas têm potencial para alavancar muitas outras mudanças. A triste existência da pandemia, deixou mais do que evidente o problema da desigualdade social e econômica, gritante em nosso país. Então, é hora de lutar por mudanças fundamentais nas relações sociais, de pensarmos em um mundo novo, no qual os homens se respeitem mutuamente. É hora da humanidade se reinventar, para fazer do mundo um lugar melhor e mais fraterno.
Roberto Cipullo - Santos


Lixeiras em condomínios


Em tempos de isolamento social, imposto com razão pelas autoridades governamentais, algumas medidas necessitam urgentemente voltar ao debate social. Uma delas é a necessidade de um morador condominial, muitas vezes idoso, ter de se locomover até uma lixeira estilo caçamba, instalada na calçada, por vezes, distante de sua moradia. A retirada das lixeiras dos andares dos edifícios nos foi imposta pelo Corpo de Bombeiros, sob a alegação de que os espaços devem estar livres de qualquer obstrução, em caso de necessidade de evacuação do local. Na cidade do Rio de Janeiro, uma megalópole, isto não existe. A sociedade fluminense jamais aceitaria tal imposição. Ora, não existe maior exposição ao novo coronavírus do que obrigar um morador a ter que utilizar o elevador de seu condomínio e caminhar por uma distância considerável, até uma caçamba, para simplesmente descartar seu lixo. Aberto o debate!
Orlando Novaes Neto - Santos


Medicação em falta


Creio que atualmente não exista outra doença que não seja a Covid-19 e suas consequências, pois há quatro meses está em falta o hormônio Somatropina 12 UI no A.M.E do bairro Aparecida. Meu filho precisa fazer uso diário e contínuo desse medicamento. Mas, ao chegar ao local para pegar o medicamente, os profissionais, certamente despreparados para o atendimento, dizem que está em falta e que nada podem fazer. Tenho pena daqueles cujo medicamento é essencial para a sobrevivência, pois, no momento, a utilização de recursos está sendo somente para o combate ao coronavírus. Pelo menos, é o que se escuta.
Antonio Tadeu Torres - Santos


Desserviço


O Cel. PM Arnaldo Luís Theodosio Pazetti destacou, em artigo publicado neste jornal, o lado ruim das campanhas eleitorais quando, geralmente, vence quem grita, e não quem apresenta propostas. São os despreparados, vendedores de fumaça, verborrágicos, que riem dos eleitores. Não concordo que isso seja regra, mas sei que existem esses exemplos deletérios. Com a experiência da vida, sem medo de errar, afirmo que esse fato ocorre até em eleição de clubinho de bairro. Com tantas notícias que desalentam o povo, temos obrigação de enaltecer as condutas construtivas que dignificam nosso voto. Conheço inúmeros políticos, em todos os cargos da República, e digo peremptoriamente que são sérios, cônscios de seus deveres e de suas responsabilidades, que lutam contra as desigualdades, não têm compromisso com o erro e não participam de conluios. Sobre estes, devemos gastar energias e ocupar as mídias. Formam o conjunto da nossa esperança do Brasil do futuro. Generalizar é um desserviço à Democracia.
Juan Manuel Villarnobo Filho - Santos


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