Tribuna do Leitor - 21 de fevereiro de 2021

Nesta edição, participações de Orlando Machado, Persio Boschetti Júnior, Daniel Marques, Luiz Antônio Alves de Souza, Wagner Fernandes Guardia e Pedro dos Santos Neto

Por: Da Redação  -  21/02/21  -  17:05

Olho na seringa


Após flagrantes, a polícia do Rio investiga casos de aplicação da vacina de vento em três cidades. É comum o usuário virar o rosto no momento da aplicação, o que dá ensejo à seringa estar vazia ou o líquido não ser injetado. Para evitar dúvidas e suspeitas infundadas, as autoridades estão recomendando aos técnicos que mostrem a seringa cheia e, após a aplicação, vazia. Antes de qualquer julgamento apressado, é preciso dizer que apenas três casos foram detectados em mais de 5 milhões de aplicações aparentemente corretas. São casos isolados que podem ter ocorrido por motivos diversos. Merecem atenção, mas em nada abalam a credibilidade depositada nos abnegados profissionais da Saúde.


Orlando Machado - Santos


Coalizão impensável


Mais que desfaçatez, é escárnio o que está ocorrendo no Brasil com os Três Poderes conspirando, em conjunto, para enterrar a operação Lava Jato. Fatos recentes mostram uma, até agora impensável, coalizão entre direita, centrão e esquerda. Vejam: Bolsonaro nomeou Ricardo Barros como líder do Governo na Câmara, o mesmo deputado que havia sido vice-líder de Lula. Agora, esse cidadão declarou em uma entrevista à CBN que "prisão em segunda instância foi casuísmo da Lava Jato para prender o Lula". Nunes Marques, nomeado por Bolsonaro para o STF, votou a favor da entrega das mensagens hackeadas à defesa de Lula. Já há articulistas vislumbrando uma grande armação do Centrão para colocar Bolsonaro e Lula no 2º turno em 2022. Ganhe quem ganhar, o Centrão será efetivamente o detentor do poder. Se essa armação escabrosa, nojenta, der certo, a nós restará escolher entre o capeta e o coisa ruim. Vade retro!


Persio Boschetti Júnior - Santos



Abusos constantes


Parabenizo o Supremo Tribunal Federal por, finalmente, usar a lei para cessar ameaças e ofensas à mais alta corte brasileira, que contaminam a sociedade e transformam a nação em uma terra sem lei. Tais abusos são corriqueiros e constantes, inclusive o próprio presidente Bolsonaro tem atuado impunemente como sabotador da saúde pública, disseminando notícias falsas e ódio. É inadmissível que, em plena pandemia, com mais de 250 mil brasileiros mortos por Covid-19, crise econômica e desemprego, tenhamos que aceitar um deputado usar suas prerrogativas e seu milionário salário para pregar a volta do mais hediondo ato criado na ditadura civil-militar brasileira. Recordo que nesta semana, nos EUA, um brasileiro enviou uma suposta ameaça a uma rede de supermercados e foi preso e processado imediatamente. O lema do presidente tem sido os seus interesses e de seus partidários acima de tudo, mas a lei deve ser para todos.


Daniel Marques - Minas Gerais


Impunidade


Meus parabéns ao jovem e brilhante advogado Felipe Fontes dos Reis Costa Pires de Campos pela absolvição, “por insuficiência de provas” de dois acusados de traficar 300 kg de cocaína. Segundo reportagem deste jornal, a droga estava em uma picape, guardada em uma garagem fechada, de um imóvel alugado momentos antes pelos acusados a um condenado a 100 anos por latrocínio, que gozava do regime aberto desde abril de 2020. Assim, fica a pergunta: Quem será o maldoso, que colocou essa droga no veículo das inocentes criaturas? Infelizmente, esse é o triste retrato do nosso País, onde, do STJ ao menor Tribunal de Justiça, grassa o escárnio e a impunidade, provando o acerto das palavras de Ruy Barbosa, ao dizer que os brasileiros devem ter vergonha de serem honestos.


Luiz Antônio Alves de Souza - São Paulo


Daniel Silveira


Figuras repugnantes como Daniel Silveira existem e não são poucas. Falam em liberdade de expressão, mas sempre desprezam limites, responsabilidades e deveres. E o mais impressionante é existir quem defenda e concorde com esse tipo de ser.


Wagner Fernandes Guardia - São Vicente


Correção


Li atentamente a carta do senhor Juan Manuel Villarnobo Filho publicada aqui e, pretensamente, faço uma correção na afirmativa "fomos todos induzidos a uma nova era política". O Brasil, em 2018, tinha 147,3 milhões de eleitores. Desses, 57.797.847 votaram em Bolsonaro. Os demais 89.502.153 não votaram nele. Logo, dizer "todos" não cabe à realidade.


Pedro dos Santos Neto - Santos


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