Tribuna do Leitor - 2 de novembro de 2020

Participaram desta edição Uriel Villas Boas, Fernando Martins Braga, Suze Almeida e Gregório José

Por: Da Redação  -  02/11/20  -  10:00

Importância da vacinação


A pandemia continua em destaque, inclusive criando situações inexplicáveis. Como um assunto de tal importância fica submetido a manifestações e debates entre os Três Poderes? A obrigatoriedade ou não da vacinação é uma questão que deve ficar sob controle dos organismos da Saúde e, mais, a população precisa ser convencida sobre a importância da vacinação. Chega de posicionamentos políticos e partidários. A saúde em primeiro lugar!


Uriel Villas Boas - Santos


Ideia absurda


Mas que ideia tão esdrúxula essa do plesbicito. Querer imitar o Chile. O Chacrinha tinha razão quando disse que, neste país, nada se cria, tudo se copia. Eu concordo que na nossa Constituição existem muitos direitos e poucas obrigações. Exemplo claro, são os parlamentares e os juízes com 60 dias de férias por ano. Só trabalham três dias por semana e viajam todo fim de semana para os seus estados, com as passagens pagas por nós. Outro exemplo gritante é o foro especial, que não permite que uma deputada, mentora do assassinato do marido, seja processada e presa. Ou que um deputado, depois de sentenciado pela Justiça, ainda tenha assento na Câmara. De fato, são muitos direitos para uns poucos e muitos deveres para nós, meros mortais. Quando as procuradorias se aproximam de diversos larápios e corruptos, aparece essa ideia absurda. Uma Constituição não é uma camisa que se troca a toda a hora. Vamos ser mais realistas porque muito está em jogo, nossas garantias estão em risco. Por que será que esta ideia foi cogitada agora? Quem tem medo da Justiça atuar? 


Fernando Martins Braga - Santos


Difícil retrospectiva


Algumas pessoas têm pena de quem irá fazer a retrospectiva deste ano. A cada nova semana, somos surpreendidos com uma notícia mais absurda que a da semana anterior. Ela chega carregada daquela sensação: "eu nunca pensei que isso fosse acontecer" ou "jamais imaginei ouvir isso". A título de exemplo, há algumas semanas, recebemos a tão aguardada novidade de que teríamos a vacina para a Covid-19. Não obstante, o povo brasileiro, que em sua grande maioria, faz mandingas, toma água ungida por pastores via transmissão televisiva, se benze e gasta dinheiro com chás emagrecedores, começou uma onda de protestos contra a vacina em suas redes sociais. Percebe-se aqui que a citação de Isaac Asimov nunca fez tanto sentido: "o aspecto mais triste da vida de hoje é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria". O povo brasileiro aparentemente ainda está preso em 1904, desconfiando da ciência e andando de mão dadas com a ignorância, apesar de tantas demonstrações da eficácia e sucesso dela no tratamento da saúde. Depois de tantos anos de avanço, entrar em um retrocesso seria estupidez! Aguardemos as próximas novidades.


Suze Almeida - Cubatão


Lei ultrapassada


O Brasil vive de casos e casuísmos, como o que ocorre em 118 cidades de Minas Gerais, onde existem mais eleitores do que moradores. O fato vem aumentando eleição após eleição. O fato que leva a essa situação é a garantia de quatro anos de um bom salário e umas ajudazinhas aqui, outras ali. Alguns desses eleitores dizem que possuem familiares nas cidades e que precisam manter o vínculo. Que aproveitam o dia da votação para visitar amigos e conhecidos, além de cumprir com o dever cívico. Outro fato relativo a verificado domicílio eleitoral é que, em muitas cidades, o candidato tem apenas um parente ou trabalho e, por esta razão, pode ser eleito, mesmo não residindo na cidade. Esses vereadores, quando aparecem nas reuniões mensais, ficam pouco tempo. Ter boa amizade, comprar eleitores, transferir título eleitoral, transportar o eleitor ou pagar a viagem no dia da eleição garantem quatro anos de mandato a pessoas inescrupulosas e sem ligação nenhuma com os municípios. Este o reflexo de uma lei eleitoral ultrapassada, baseada em redutos eleitorais e onde o povo é o que menos importa. O Brasil precisa passar por uma reforma eleitoral séria, redução de partidos políticos, fidelidade partidária (de fato) e menos abusos. 


Gregório José - Santos


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