Tribuna do Leitor - 13 de julho de 2020

Na edição desta segunda-feira (13), participações de José Francisco Martins Soares, Valter José Vieira, Bruno Pompeu e Mina Sila Podgaeti

Por: Da Redação  -  13/07/20  -  17:28

Gratidão


Procurei a policlínica da Av. Afonso Pena e, após os testes específicos, foi diagnosticado que estava com Covid-19. Fui medicado no próprio local e, depois, monitorado pelos profissionais da Prefeitura diariamente que, com muita tranquilidade e paciência, foram me orientando de forma eficaz. Estou curado e feliz. Minha gratidão a toda equipe da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Santos.


José Francisco Martins Soares - Santos


Reduzir custos


As nações vivem de um único financiador, que são os contribuintes, sufocados por pesada burocracia e tirana carga tributária. Após a quarentena, se não reduzir os próprios custos, o Estado não terá alternativa a não ser aumentar os impostos. Os movimentos sociais já não pedem, mas exigem uma reforma política radical, que enxugue toda a máquina pública. Redução de vereadores, deputados, senadores, ministérios e funcionários públicos. Os candidatos a cargos eletivos que assumam os custos de campanha, assim como aqueles que, em busca emprego, arcam com as despesas da procura.


Valter José Vieira - São Vicente


Mudaram as perguntas


Meu primeiro terno foi feito por um alfaiate. Ia com meu pai ao centro da cidade e o via sentado, como príncipe, enquanto um engraxate lustrava seus sapatos. Tínhamos um antenista muito bom, que subia no telhado, rodava a antena para lá e para cá, e a imagem da TV nos alegrava com seus chuviscos intermináveis. Brincando na rua, via passar o amolador de facas, com seu apito de deliciosa sonoridade, e o vendedor de biju, com sua matraca chamativa. Para a caderneta do Curso Primário, tirava uma foto 3x4 com o fotógrafo da praça da Cadeia Velha, padrão lambe-lambe. O carteiro do bairro, o seu Nelson, sempre suado, com a bolsa abarrotada de correspondências, sempre eficiente, subtraía selos para minha coleção interminável. Se a notícia fosse urgente, usávamos tecnologia de ponta, o telegrama, porque telefone, só o da pobre vizinha, dona Ana. Minha mãe solicitava a ligação, tipo interurbano, que só era completada à noite. Tínhamos um chofer de praça à disposição, o seu Padilha, com carrão confortável e ótima conversa. Nossa família tinha uma caderneta na vendinha do seu Osvaldo e no açougue do seu Luiz. Tudo na confiança e retidão. Nosso sapateiro de bairro era imbatível na troca de sola, meia sola, salto, saltinho e remendos. Vivíamos felizes, com medo de escuro e do futuro. E o futuro chegou, com Covid-19 e tudo mais. Por um lado, foi bom. O avanço tecnológico na medicina e na indústria farmacêutica aumentou a nossa longevidade, para termos tempo de recordar esses fatos. Mas, agora, em quarentena, isolado, penso que quando encontrei todas as respostas, mudaram as perguntas.


Bruno Pompeu - Santos


Necessário aperfeiçoar


Muito bom o artigo do coronel PM Arnaldo Luis Theodosio Pazetti a respeito das múltiplas e recentes críticas aos ministros do STF. Ele aponta alguns itens de extrema importância, como o porquê desses ministros não serem imputados de responsabilidade quando deixam prescrever crimes cujos processos lhes caberiam julgar. Por que não houve sequer apuração de responsabilidade do ex-presidente do STF, Ricardo Lewandowski, ao desmembrar dispositivo constitucional que previa a perda do cargo, com inabilitação por oito anos para o exercício de função pública, no processo de impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff? Fazendo um paralelo com os poderes Executivo e Legislativo, uma boa solução seria a instituição de mandato, para que os ministros fizessem parte do STF, com possíveis reconduções para seus cargos. E ainda o estabelecimento de um eficaz mecanismo de imputação de responsabilidade a seus membros, em casos de irregularidades praticadas no exercício de sua função. Sou obrigada a concordar que o aperfeiçoamento do STF é muito melhor do que o fechamento dessa instituição, que seria contra a ideia de um Estado Democrático de Direito. 


Mina Sila Podgaeti - Santos


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