Tribuna do Leitor - 13 de dezembro de 2020

Participações de Luiz Henrique Guimarães Franco, ONG Dos Amigos de Santos, Alberto Chagas Amaral, Antonio Tadeu Torres e João Horácio Caramez

Por: Da Redação  -  13/12/20  -  18:30

Cachorros na praia 


Como médico veterinário, cidadão amante incondicional dos animais, tenho a liberdade de manifestar minha opinião quanto ao: "vai ter cachorro na praia". Sou totalmente contra; a população sequer recolhe as fezes da rua; são incontáveis os cocôs que encontramos nas calçadas, imagine na praia, que é só jogar um pouquinho de areia, dar uma tapeadinha com o pé mesmo. É questão de saúde pública! Fezes de animal podem transmitir Larvas migrans cutânea, popularmente conhecida como bicho-geográfico. Outra coisa ridícula e absurda da lei é dividir e segregar os cães grandes dos pequenos! Se pode um, podem todos. O certo é não poder nenhum! E nossos vereadores como sempre, para não tomarem decisões antipáticas, ignoram questões técnicas, não chamam a classe médica veterinária, não chamam os médicos sanitaristas para uma discussão qualificada, com bases científicas. Uma câmara acovardada, que vota e aprova ou não leis, sempre pensando na próxima eleição. Parabéns Sadao Nakai e Ademir Pestana, os dois vereadores que, corajosamente, votaram contra esse absurdo!


Luiz Henrique Guimarães Franco - Santos


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Pedimos a retirada deste projeto de lei da Câmara Municipal de Santos por causar danos à saúde humana e à saúde dos animais domésticos. Nas areias das praias existe possibilidade de contaminação pelas fezes de pombos, que são vetores de doenças. Infelizmente, não foram atendidas as sábias orientações do médico veterinário Eduardo Filetti para dar anticoncepcionais aos pombos.


ONG Dos Amigos de Santos


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Um dos maiores cartões postais de Santos são as praias, que esse governo sempre tratou com olhar especial, mantendo-a limpa e digna dos maiores elogios de quem a frequenta. Por conta dessas ações, nunca mais se falou em bicho geográfico. Agora, temos a aprovação pela Câmara para permitir que cachorros frequentem a areia da praia no período das 17h e até as 8h do dia seguinte. Fica a pergunta: por isonomia, nós, seres humanos, poderemos urinar e defecar na areia da praia nesse mesmo período? Sim, digo por isonomia, pois ninguém vai impedi-los disso e não tem como a Prefeitura fiscalizar o uso inadequado desse nobre espaço por toda sua extensão. Salve a volta do bicho geográfico!


Alberto Chagas Amaral - Santos


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Absurdo! Ou os vereadores de Santos são muito ingênuos ou, o que é mais provável, é mais uma ação eleitoreira, a quase certa aprovação do projeto que libera o ingresso e a permanência de animais nas praias do município. Digo animais, porque se assim for liberado, não poderá ser restrito somente aos cães, mas estenderá o mesmo direito a qualquer animal acompanhado de seu dono. Digo ingênuos porque acreditam os vereadores favoráveis ao projeto que os proprietários irão seguir as regras, como manter os animais em coleiras com identificação, guia e, ainda, recolher imediatamente as fezes de seus amiguinhos. Teve um vereador que propôs que os donos levassem consigo um lenço embebido em desinfetante para passar no local após recolher os dejetos. Esse vereador, com certeza, acredita em Papai Noel. Basta uma simples caminhada por qualquer calçada da cidade para nos depararmos com o bombardeio de fezes deixadas pelo caminho. Aliás, temos que caminhar olhando para o chão, se não quisermos trazer uma lembrancinha para casa na sola de nossos sapatos. Nas areias da praia, então, nem se fala, basta uma empurradinha de areia com os pés e pronto, a sujeira já estará coberta, tornando verdadeiro criadouro de bichos geográficos, entre outros parasitas Mesmo local onde, depois, uma criança vai se sentar e brincar em cima. E a fiscalização? Quanto a isso não é preciso nem comentar.


Antonio Tadeu Torres - Santos


Bom exemplo


Conforme carta publicada nesta coluna, o sr. Uriel Villas Boas, afirma que, segundo o Dieese, o salário-mínimo deveria ser superior a R$ 3.500,00. Que tal todos os sindicatos dessem bom exemplo e começassem a pagar essa quantia para seus próprios funcionários?


João Horácio Caramez - Santos


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