Tribuna do Leitor - 12 de junho de 2020

Na edição desta sexta-feira (12), participações de Sergio Fang, Edison José de Aguiar, Bruno Pompeu e Ibrahim Tauil

Por: Da Redação  -  12/06/20  -  19:03

Regras necessárias


A mídia social fornece informação rápida para diferentes pessoas e organizações, mas pode ferir as questões de privacidade, constituindo-se em ampla plataforma de difusão de ideias nocivas, que prejudicam o diálogo. Há tanto barulho nas redes sociais, que alguns gritam mais alto para serem ouvidos, ofuscando comentários moderados, que são perdidos em meio a tuítes ou postagens periféricas no Facebook. O discurso público tornou-se grosseiro e sarcástico, devido à natureza instantânea e ao anonimato fácil das mídias sociais. A linha vermelha já foi ultrapassada e medidas devem ser debatidas para impor regras mínimas, que possam determinar o que é fake e o que é uma ameaça degradante. As palavras importam, ainda mais se quem escreve tem posição pública, porque deve evitar arrastar seu discurso público para a sarjeta, o que é extremamente corrosivo para a sociedade.
Sergio Fang - Santos.


Tisana


No Brasil, qualquer bebida feita por meio do processo de infusão de folhas, frutos, raízes ou ervas é chamado de chá. Entretanto, o verdadeiro chá é uma bebida produzida a partir das folhas de uma planta denominada Camelia Sinensis. O que nós conhecemos como chá ou qualquer outra bebida obtida por maceração, infusão ou decocção chama-se tisana. Portanto, o nosso chazinho de limão, camomila, cidreira e outros não passa de uma tisana. É bom lembrar que o verdadeiro chá possui flavanóides, que são antioxidantes e combatem a formação dos radicais livres, além de cafeína, teofilina e tanino, sendo que este possui ação antiinflamatória e antisséptica. Portanto, poderia ter alguma ação na prevenção da Covid-19.
Edison José de Aguiar - Cubatão.


Novos ares


Estamos em 2022 e começamos o ano com novas esperanças. Perdi parentes, amigos, clientes e conhecidos, foi uma tragédia! Agora, o planeta Terra está diferente. As pessoas estão diferentes. Menos luxo, menos ostentação, mais paciência, mais resiliência e mais tolerância. Melhor distribuição de renda aos já muito sofridos. Afinal, a Covid-19 nivelou a humanidade em igualdade e respeito. Novos ares de esperança moveram a tristeza da noite de milhões de pessoas.
Bruno Pompeu - Santos.


Incineração de resíduos


Venho acompanhando, com pesar, o processo de destinação dos resíduos domiciliares na nossa região. Principalmente com a possibilidade da instalação de um incinerador no Sítio das Neves. Em uma época em que todas as energias estão voltadas para a manutenção da vida e do emprego, optar pela incineração é um contrassenso. É destruir a vida com a emissão de gases e cinzas altamente tóxicos. É destruir os empregos das camadas mais carentes da sociedade, que são os catadores. Cabe lembrar que o Ministério Público Federal, através do Parecer Técnico nº191/2013 – 4ª CCR, manifestou-se contrário à incineração, tecnologia que afronta a Convenção de Estocolmo, da qual o Brasil foi signatário. Considerando que a geração de resíduos orgânicos vem em torno de 55% dos resíduos domiciliares, a incineração se torna inviável economicamente em função da grande quantidade de resíduos úmidos, que impedem a chama da incineração de atingir e manter as altas temperaturas necessárias, precisando de outro material combustível. Além disso, a incineração gera dioxinas, furanos e cinzas, substâncias altamente tóxicas. A rota tecnológica mais adequada à Política Nacional de Resíduos Sólidos é a digestão anaeróbia, através de um biodigestor urbano, viável economicamente porque gera energia e biofertilizantes. Existem modelos que podem servir de exemplo. Finalizando, vejo que estamos perdendo mais uma vez o “bonde da história”. Perdemos o da Revolução Industrial, o da Revolução Tecnológica e, agora, estamos perdendo o da Revolução da Sustentabilidade. A história que está sendo escrita por todos nós será analisada e julgada pelos nossos netos e bisnetos.
Ibrahim Tauil - Santos.


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