Tribuna do leitor - 1 de setembro de 2020

Na edição desta terça-feira (1), participações de Wagner Fernandes Guardia, Suze Almeida, Edilson Mendonça de Brito e Algirdas Emilio Sipavicius

Por: Da Redação  -  01/09/20  -  15:28

Nada se cria


Primeiro, para conseguir governabilidade, o executivo se alia ao "Centrão". Agora, vendo que isso favorece a popularidade, o executivo passa a viajar mais para regiões historicamente atendidas por programas sociais e investe ainda mais nestas ações. Como dizia o velho guerreiro, nada se cria, tudo se copia. Como sempre, enquanto o povo humilde e privado de instrução é iludido com benefícios. Os políticos trabalham sempre em benefício próprio, com intenção de conseguir votos, e não agindo de forma substancial, para melhorar as condições sociais e econômicas do país.
Wagner Fernandes Guardia - São Vicente


Volta às aulas


— Tia, esqueci a minha máscara! — Professora, o Pedrinho colocou a mão suja na minha máscara! — Professora, a Maria não lavou as mãos! — Tia, o João escondeu a máscara do Felipe! Se você não é ou nunca foi um professor de Educação Básica em escola pública brasileira, a situação acima pode lhe parecer fictícia mas, para a classe dos educadores, ela é bem próxima da realidade. Nos últimos dias, a dúvida sobre retorno ou não às aulas presenciais em setembro pairou sobre a população da Baixada Santista, que foi submetida a pesquisas de opinião. Sabemos que os que queriam o retorno têm seus motivos, os que não o queriam também os têm. Conquanto, como diria meu amado Willian Shakespeare: “em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos” e a grande parcela dos residentes consultados preteriu pelo não retorno às atividades presenciais. Apesar de a maioria dos comércios e demais estabelecimentos estarem funcionando “normalmente”, consideraram um risco demasiado manter crianças e adolescentes nas escolas. Talvez, o ponto chave tenha sido a imaturidade. Até mesmo nós, adultos, ficamos impacientes, às vezes, com a rotina maçante da máscara, distanciamento e limpeza repetitiva das mãos. Até consigo imaginar esses jovens seguindo a orientação sobre máscara e limpeza das mãos, mas como impedir abraços calorosos nos amigos que não viam desde março?
Suze Almeida - Cubatão


Mais cidadania


Nós, profissionais da Saúde, fazemos uso de máscaras durante horas, por toda vida profissional. No meu caso, há quase 50 anos não acarretou nenhum dano a minha cognição ou saúde de modo geral. Está difícil para alguns perceberem que vivemos uma situação de quase calamidade sanitária e que algumas medidas, ainda que desconfortáveis, têm que ser adotadas pelas autoridades e cumpridas pelos cidadãos. Quanto mais pessoas colaborarem, mais rapidamente essas medidas deixarão de ser obrigatórias. No final de tudo isto, em que pese o sofrimento dos que foram acometidos pela Covid-19 e a dor dos que perderam entes queridos, restarão, pelo menos, novos hábitos de higiene pessoal, preventivos para viroses respiratórias. Lavar as mãos sempre que possível, não entrar calçado em casa e usar de máscaras em alguns locais, como no transporte público, serão aquilo que hoje nomearam como "o novo normal". Acreditem, a máscara fará parte de nossos objetos de uso pessoal, como já acontece em alguns países asiáticos. Usá-la ou não, é mais uma questão de cidadania do que de opinião.
Edilson Mendonça de Brito - Santos


Sistema penal


Ainda vivemos em tempos arcaicos e sem coerência. Caso do Fabrício Queiroz. Está em casa com tornozeleira. Custo baixo para manutenção do preso. Vem a Justiça e o manda de volta para a prisão. O indivíduo causou grandes prejuízos para a sociedade e, voltando para a prisão, aumenta ainda mais nossos prejuízos. Quanto custa um preso? O ideal seria aumentar a prisão domiciliar para diminuir custos, com indenização para a sociedade. Vender o apto dele e comprar uma quitinete, em local barato, para continuar a prisão domiciliar. Aliás, todos os corruptos deveriam vender bens para ressarcir a sociedade. É hora de modificar o sistema penal. Usar tecnologia das tornozeleiras para não penalizar duplamente a sociedade.
Algirdas Emilio Sipavicius - Santos


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