Escolas militares, sinônimo de excelência na Educação de São Paulo e do Brasil

Escolas cívico-militares podem ser a saída para famílias de baixa renda e em lugares mais distantes do país

Por: Tenente Coimbra  -  03/09/19  -  11:13
Escolas militares, sinônimo de excelência na Educação de São Paulo e do Brasil
Escolas militares, sinônimo de excelência na Educação de São Paulo e do Brasil   Foto: Assessoria de imprensa/Tenente Coimbra

O sonho de todo pai e mãe é que o filho tenha acesso a uma educação de qualidade e que esteja em segurança na escola. Para muitos brasileiros, principalmente aqueles que não têm condições financeiras de pagar uma escola particular, esse sonho está muito distante da realidade. A violência no ambiente escolar e no entorno das instituições é um problema que vem crescendo de forma assustadora nas escolas públicas, principalmente naquelas localizadas nos bairros de maior vulnerabilidade social, e isso traz um impacto muito negativo na vida de nossas crianças e adolescentes.


Mas, há saídas relativamente simples, que não representam necessariamente um crescimento no custo mensal por aluno, que podem mudar esse cenário. Estamos falando de um modelo de gestão compartilhada, por meio de uma parceria entre policiais militares da reserva e a Secretaria de Educação: as chamadas escolas cívico-militares. 


Esse modelo é implantado geralmente em escolas localizadas em áreas de vulnerabilidade social, em uma parceria que conta com militares da reserva atuando na administração e no sistema de disciplina. Todo o trabalho educativo continua a cargo dos professores e da Secretaria de Educação. Não há qualquer interferência militar no conteúdo repassado às crianças do Ensino Fundamental e Médio.


Experiências em estados como Goiás, Amazonas, Minas Gerais e Distrito Federal mostram que a adoção desse modelo representa um aumento dos indicadores da qualidade de educação, medidos pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Enquanto nas escolas tradicionais a média é de 4.94, nas escolas militares o índice chega a 6.99. Ainda de acordo com dados nacionais, das 20 melhores escolas públicas do país, quatro são militares. Não foi à toa que o Governo Federal lançou um plano nacional para estimular a sua criação em todo território nacional. A ideia é adotar o modelo em 27 escolas até o fim do ano, atendendo mais de 120 mil crianças. E São Paulo está alinhado com o plano. 


Essa gestão compartilhada é direcionada às escolas públicas que têm problemas como indisciplina, vandalismo e tráfico de drogas. E, em São Paulo, uma iniciativa desenvolvida pelo meu mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) terá como função ajudar a disseminar esse modelo em todos os municípios. 


A Frente Parlamentar pela Criação das Escolas Militares tem como objetivo discutir a melhor forma de implantar as escolas militares em unidades que atendam ao perfil, discutindo com a comunidade e todos os agentes envolvidos os benefícios e a melhor forma de executar o processo.


Por entender a importância da educação na sociedade brasileira e no desenvolvimento do nosso país, a criação da Frente foi a primeira ação que tomei quando assumi o cargo de deputado estadual. Ela foi oficialmente lançada na sexta-feira, e já há reuniões agendadas para as discussões ganharem corpo. 


É preciso reforçar que não se trata de um projeto impositivo, mas de adesões voluntárias que visam criar um ambiente escolar saudável e um sistema protetivo para os nossos estudantes. Policiais militares que participaram do lançamento da frente, na última sexta-feira, ressaltam que o projeto dentro da escola é semelhante ao trabalho da Polícia Comunitária e que pode diminuir diversos tipos de crimes no seu interior e fora dela.


Além disso, dizem os especialistas, o aluno passa a ser um agente transformador para toda a comunidade. Com mais segurança para desenvolver suas habilidades e se concentrar nas aulas, o processo de aprendizado é mais eficaz. É uma situação em que todos ganham: pais, alunos, professores e toda a comunidade.


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