Definida primeira cidade a receber escola cívico-militar

Anúncio oficial do Governo Bolsonaro, nesta primeira fase do projeto, engloba a cidade de Campinas

Por: Tenente Coimbra  -  26/11/19  -  10:04
Definida primeira cidade a receber escola cívico-militar
Definida primeira cidade a receber escola cívico-militar   Foto: Governo do Estado de Rondônia

A melhoria na qualidade da educação das nossas crianças é uma das bandeiras do nosso mandato. Desde quando assumimos a vaga na Alesp, em março, lutamos para que as escolas cívico-militares fossem implantadas no Estado de São Paulo. Criamos a Frente Parlamentar pela Criação das Escolas Cívico Militares no Estado de São Paulo e trabalhamos arduamente durante meses para que o estado pudesse ser contemplado pelo Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, do Governo Federal.


Além de apresentar o modelo para prefeituras de todo o estado e dissipar uma série de dúvidas, fomos até Brasília negociar com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a dilação do prazo para assegurar que São Paulo não ficasse de fora dos estados que optaram por receber esse formato de ensino.


Santos, minha cidade natal, aderiu ao projeto e ficou entre as três possíveis cidades mas, por uma mudança nas métricas usadas pelo Ministério da Educação, ficou de fora dessa primeira etapa do programa. Os critérios considerados classificatórios no processo de escolha dos municípios foram: a quantidade de militares da reserva residindo na cidade; o município ser capital do estado ou pertencer à região metropolitana; estar situado na faixa de fronteira; e faixa populacional, considerando a realidade estadual. Ainda segundo o MEC, em caso de empate, foram considerados prioritários os municípios mais populosos dentro de cada estado.


O anúncio oficial do Governo Bolsonaro, nesta primeira fase do projeto, engloba apenas Campinas, mas estamos trabalhando muito para que Santos e outras cidades paulistas recebam, em 2021, na segunda etapa do programa, uma unidade das escolas que são reconhecidas por terem uma qualidade de ensino superior aos demais estabelecimentos públicos de ensino.


Neste formato, a Secretaria da Educação cuida do ensino e os militares da reserva, da administração e disciplina das escolas. É uma parceria que envolve, também, toda a comunidade escolar e pode revolucionar o ensino em São Paulo, valorizando os professores, melhorando as condições de trabalho e resgatando práticas e valores como disciplina, civismo e respeito aos mestres.


E isso é confirmado por meio das notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica): enquanto nas escolas tradicionais a média é de 4,94, nos colégios militares esse número salta para 6,99. Das 20 melhores escolas públicas do país, quatro são militares.


Por reconhecer a importância desse projeto, solicitamos a criação de uma nova modalidade no programa nacional que beneficie os municípios que pleitearam a adesão ao programa, mas não foram contemplados nesta primeira etapa.


A ideia é que o MEC disponibilize o modelo às cidades que quiserem adotá-la, arcando com os custos de instalação. Não vamos descansar enquanto Santos não tiver um escola cívico-militar!


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