Túnel Santos-Guarujá agora mais perto de sair do papel

Ministro Tarcísio Gomes de Freitas foi muito claro e me garantiu a inclusão do projeto no edital de concessão à iniciativa privada da gestão do Porto de Santos

Por: Rosana Valle  -  22/11/20  -  10:19
Atualizado em 20/05/21 - 11:06
  Encontro do ministro com a deputada Rosana Valle
Encontro do ministro com a deputada Rosana Valle   Foto: Divulgação

A tão falada ligação seca entre Santos e Guarujá, que nunca saiu do papel, tem agora uma solução encaminhada e até uma data, 2022, para que a obra seja concedida à iniciativa privada. A boa notícia veio nesta semana, na segunda-feira, dia 16, em conversa que tive com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, quando de sua visita ao Porto de Santos.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal, GloboPlay grátis e descontos em dezenas de lojas, restaurantes e serviços!


O ministro foi muito claro e me garantiu a inclusão do projeto de construção do túnel entre Santos e Guarujá no edital de concessão à iniciativa privada da gestão do Porto de Santos. A expectativa é fazer o leilão que vai possibilitar este investimento no primeiro semestre de 2022.


Sempre muito correto e comprometido, o ministro chegou a gravar depoimento nesse sentido, a meu pedido, logo após assinar importantes contratos para o desenvolvimento do porto.


Quando questionei Tarcísio Gomes de Freitas sobre as chances das obras de construção do túnel entre Santos e Guarujá serem incluídas no processo de concessão da gestão do Porto de Santos, ele não deixou por menos. Estas as suas palavras: “A possibilidade é total. A gente está estudando isso com muito afinco. A gente verifica que cabe dentro da concessão. Estamos fazendo agora os estudos. Vamos aprimorar bastante a parte de engenharia, estamos avançando no estudo de viabilidade para tentar, no meio da concessão, oferecer uma boa solução logística, de mobilidade, que não atrapalhe a expansão e o desenvolvimento do Porto de Santos, que é o maior da América Latina e será o maior do Hemisfério Sul”.


E foi além, chegando a estabelecer prazos. Afirmou que o estudo feito pelo BNDES resultará, já agora em dezembro, no primeiro modelo de concessão, que será para o Porto do Espírito Santo.


“Estamos avançando a passos largos para que, no decorrer de 2021, a gente possa disponibilizar para a sociedade da região (Baixada Santista) um modelo para discussão. Vamos submeter a consulta popular e ao Tribunal de Contas da União, para que possamos fazer o leilão - que vai possibilitar este investimento – no primeiro semestre de 2022”.


Ou seja, está mais perto agora a realização do antigo sonho da ligação seca entre Santos e Guarujá, de forma a resolver um problema que incomoda os usuários da maior travessia de balsas do mundo, com mais de 25 mil veículos/dia, bem como afeta todo o setor portuário e a comunidade da nossa região.


Para se ter uma ideia, lá se vão mais de 93 anos quando, em 1927, o engenheiro e arquiteto Enéas Marini fez o primeiro projeto para a ligação.


Por isso, pedi para que a viabilização da obra esteja incluída no processo de concessão, de modo que o vencedor tenha a obrigação de fazer o túnel, já que é a solução que não gera impacto nos processos de expansão do maior porto da América do Sul, vital para o comércio exterior brasileiro e para a economia do País.


A gestão do Porto poderá ser feita por administrador privado, sob a fiscalização do governo brasileiro e em parceria com as cidades da região. Este é considerado o caminho mais rápido para viabilizar o investimento do túnel e também garantir ainda mais produtividade ao Porto de Santos.


O custo do túnel é muito elevado, estimado em mais de R$ 3 bilhões, e só o investidor privado tem condições de viabilizá-lo. Por isso, vou acompanhar de perto o andamento deste estudo do BNDES e o próprio processo de concessão da gestão do maior porto da América do Sul.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver mais deste colunista
Logo A Tribuna
Newsletter