No Brasil, são 10 mil portuários e seus dependentes que precisam do Instituto de Seguridade Social Portus para sobreviver.
O Portus, fundo de previdência complementar dos empregados das companhias Docas de todo o país, há oito anos está sob intervenção federal.
O plano e os segurados vivem um momento dramático.
Sem dinheiro para pagar os portuários nos próximos meses, Governo, trabalhadores e sindicatos precisam chegar a um consenso para fechar um acordo e sanear as dívidas do Portus.
Essas dívidas já são estimadas em mais R$ 3,4 bilhões. Caso não haja acordo, as consequências serão imprevisíveis.
Desde o início do meu mandato, venho intermediando as reuniões entre portuários e o Governo Federal.
Esta semana, em Brasília, levei sindicalistas de companhias Docas de sete estados para mais uma reunião, desta vez com o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni.
O secretário Piloni apresentou algumas propostas do Governo para o saneamento do fundo de pensão. Os sindicalistas com quem conversei acharam a reunião positiva.
O plano prevê o equacionamento da dívida em 15 anos, com os portuários arcando com cerca de R$ 1,6 bilhão. É lógico que ninguém fica totalmente feliz, porque o trabalhador que sempre honrou com suas contribuições terá que arcar com parte do prejuízo.
Agora, caberá às assembleias de trabalhadores decidirem sobre a questão.
Como deputada federal da região, vou continuar acompanhando esse processo, pois entendo a necessidade dos assistidos.
Espero estar presente na assembleia em Santos, e continuarei intermediando a negociação entre portuários e Governo Federal para que essa agonia, que já dura mais de oito anos, termine.