Futebol está sem saída para solucionar problemas

Como conciliar ainda o Campeonato Paulista com a Taça Libertadores, Copa do Brasil e as trinta e oito datas necessárias para o Campeonato Brasileiro?

Por: Roberto Monteiro  -  30/03/20  -  17:30
Atualizado em 19/04/21 - 19:19
  Foto: Getty Images

Amigos, o "País do Futebol" continua sem nenhuma atividade, sem eventos, sem definição, sem rumo. Em meio a um calendário totalmente cheio de disputas e torneios de repente o futebol está sem nenhuma saída para solucionar tudo em tão pouco tempo.


Como conciliar ainda o Campeonato Paulista interrompido ainda sem definição de sua primeira fase com a Taça Libertadores, Copa do Brasil e as trinta e oito datas necessárias para o Campeonato Brasileiro?


Federação Paulista não consegue chegar a uma decisão sobre o nosso torneio onde o Santo André tem a melhor campanha geral e o Corinthians desponta como o grande fiasco, por pouco não tendo o dissabor de um rebaixamento depois de três títulos seguidos na competição.


A total indefinição levará nossos clubes a decretar férias e naturalmente exigir um período de treinamento antes da volta aos campos em partidas oficiais, tornando cada vez mais difícil que a temporada termine ainda neste ano de 2020.


Há anos se discute a possibilidade de adoção de um calendário aos moldes da Europa, coisa difícil de se aprovar em tão curto prazo e com muitos interesses em jogo.


O fato claro é que nenhum clube quer correr o risco de perder cotas de televisão com possível redução de datas, cancelamento de competições ou mudanças de regulamentos.


Nunca estivemos numa situação tão grave em todos os aspectos que cercam o esporte com riscos da saúde pública, contratos de atletas vencendo, patrocinadores podendo cancelar contratos com clubes, rádios e tevês sem conteúdo para manutenção de sua programação esportiva normal.


O momento exige uma reflexão profunda no que cerca o futebol no país, com salários de alguns acima das possibilidades normais dos clubes, federações ricas e pouco preocupadas com alguma coisa que mais seja seu próprio faturamento e profissionais de áreas que sobrevivem do futebol correndo seríssimos riscos de perderem seu espaço de trabalho.


Nada mais nos resta a não ser estarmos preparados para ir a luta.


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