O Campeonato Brasileiro tem dois turnos. Mas a pausa para a Copa América criou uma espécie de subturno. Interrompida após nove das 38 rodadas, a competição ainda tem muito a apresentar. Mas já é possível fazer um balanço de quem largou bem e de quem vai ter de ajustar muita coisa no pitstop.
Elogiar o líder Palmeiras – e apontá-lo como megafavorito ao título – é chover no molhado. Portanto, melhor valorizar o Santos, que ocupa a segunda colocação com propriedade. O time parece não ter se abalado com as três eliminações na temporada e, sob a batuta de Jorge Sampaoli, se firmou como uma das forças deste início de disputa. Tem tudo para se manter entre os primeiros jogando apenas o Brasileiro até dezembro.
Outro time que merece elogios é o Goiás. De volta da Série B após quatro temporadas, o time comandado pelo santista Claudinei Oliveira aparece na honrosa sexta colocação, à frente de forças tradicionais. Provavelmente, os goianos descerão alguns degraus até o fim, mas o que fazem até aqui vale o elogio.
Se a tabela for o único parâmetro, a grande decepção até aqui é o Cruzeiro. Bicampeão da Copa do Brasil, com elenco fortalecido, o time mineiro está na antepenúltima posição. Provavelmente, pela capacidade que tem, vai reagir. Entretanto, a recuperação pode demorar, uma vez que, quando voltar a campo, terá River Plate e Atlético-MG em duelos de ida e volta pela Libertadores e pela Copa do Brasil, respectivamente.
Vasco, Fluminense, Corinthians e São Paulo também são decepções. Por mais deficiências que tenham, sempre será difícil aceitar equipes de tamanha expressão fazendo figuração.
Pelo bem do Campeonato Brasileiro, é bom que tudo se resolva somente no final. De cara, porém, os indícios apontam para movimentação somente no recheio da tabela. As extremidades têm cara de peças fixas.