Seleção Brasileira tem a chance de consolidar arrancada nas Eliminatórias

Jogos contra Venezuela e Uruguai podem fazer a equipe de Tite alcançar a marca de quatro vitórias em quatro jogos

Por: Bruno Rios  -  13/11/20  -  16:46
Tite sabe que uma vitória nesta sexta tem um peso enorme para ele
Tite sabe que uma vitória nesta sexta tem um peso enorme para ele   Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Ao contrário das Eliminatórias para a Copa de 2018, quando os tropeços em campo e os erros fora dele tumultuaram o ambiente e custaram o cargo do então técnico Dunga, a Seleção Brasileira tem a chance de consolidar uma arrancada positiva rumo do Mundial de 2022 e atingir a marca expressiva de quatro vitórias em quatro jogos.


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Particularmente, estou otimista para as duas próximas partidas do Brasil. Nesta sexta-feira (13), o adversário será a Venezuela, em São Paulo. Na próxima terça-feira (17), haverá o duelo mais difícil até aqui, contra o Uruguai, em Montevidéu. Ainda assim, vejo o grupo comandando por Tite capaz de conquistar os seis pontos e seguir na ponta. 


Um dos motivos é que, ainda que a duras penas, a Seleção aprendeu a jogar sem Neymar - venceu até a Copa América de 2019 sem ele. Recuperando-se de lesão e cortado pela comissão técnica da CBF na noite de ontem, o camisa 10 não entrará em campo às 21h30, no Morumbi. Opções não faltam e estou muito curioso para ver o meia flamenguista Everton Ribeiro como titular. Tem tudo para render. 


Tite merece ser elogiado pelo trabalho que vem tendo para buscar um sistema de jogo que funcione com ou sem nosso melhor jogador. E se o que vimos nas vitórias contra a Bolívia e o Peru, no mês passado, for repetido, o Brasil poderá atuar de forma interessante, com muita velocidade e volume ofensivo, sem dar sono ao torcedor.  


Além do esquema tático do treinador, outros fatores contribuem para a evolução, como a titularidade do ótimo volante Douglas Luiz e do lateral-esquerdo Renan Lodi. Tudo bem que elas ocorreram no susto e após lesões de outros atletas, mas se o desempenho das duas rodadas iniciais se repetir, será difícil essa dupla sair do time. 


Vale lembrar que, nas Eliminatórias para a Copa de 2018, o Brasil teve uma arrancada fulminante quando Tite assumiu o comando e se classificou em 1º lugar, mas o começo com Dunga foi um horror. A ponto de a Seleção ter chegado a ficar em sexto lugar após seis jogos, fora da zona de classificação e com mais empates que vitórias.


Por isso, percebo ser muito mais agradável acompanhar, agora, uma discussão sobre a fragilidade dos adversários que são superados pelo Brasil do que horas de debates sobre como nosso grupo de craques valorizados e multimilionários não consegue superar os rivais meramente esforçados e sem tanto talento do continente, como ocorreu no ciclo anterior. 


E para o clássico contra o Uruguai, às 20 horas de terça-feira, nem mesmo a ausência de Neymar faz o Brasil chegar inferior ao Estádio Centenário. É claro que o craque do PSG seria um rival de peso a um selecionado que conta com o ataque mais letal das Américas: Suárez e Cavani. Mas Pedro ou Richarlison podem dar conta do recado. 


Após a derrota para a Bélgica, na Copa do Mundo passada, o caminho mais lógico seria dispensar Tite e começar um novo trabalho do zero. Mas apostar no mesmo comandante para um novo ciclo faz o Brasil queimar etapas e iniciar a busca pelo hexa no Catar com parte da trilha percorrida. A arrancada nas Eliminatórias simboliza isso e pode render ótimos frutos daqui a dois anos. 


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