Santos tem fôlego para brigar pelo título?

Depois de patinar nas últimas seis rodadas do turno, time tenta mostrar que ainda pode sonhar com a taça

Por: Régis Querino  -  18/09/19  -  01:03
Atualizado em 18/09/19 - 01:13
Com olho em jogo da Sul-Americana, Peixe mede forças contra o Palmeiras na casa do rival
Com olho em jogo da Sul-Americana, Peixe mede forças contra o Palmeiras na casa do rival   Foto: Ivan Storti/Santos FC

Após  fechar o primeiro turno do Brasileirão com a pior sequência na competição (seis jogos, uma vitória, dois empates e três derrotas), o Santos busca, a partir deste sábado (21), contra o Grêmio, às 21 horas, na Vila Belmiro, provar que ainda tem fôlego para disputar o título.


A cinco pontos do Flamengo, de nada adianta agora chorar os pontos perdidos em casa  para adversários que aparecem na segunda página da classificação. A ordem é reabilitação imediata para impedir a fuga do rubro-negro no topo da tabela.


Uma vitória contra um rival de peso, como o time de Renato Gaúcho, faria com que os comandados de Sampaoli retomassem a confiança. E reconquistaria a torcida,  desconfiada sobre as  reais possibilidades do time de brigar pelo caneco após tropeços inexplicáveis na Vila.


Se não tem um elenco à altura dos ditos favoritos à conquista, Flamengo e Palmeiras, o Santos demonstrou no Maracanã, sábado passado, que pode competir de igual para igual contra uma equipe tecnicamente superior.


Time precisa de ajustes


Na perseguição ao líder, a busca pelo  equilíbrio da equipe passa por ajustes. A estreia de Luan Peres contra o Flamengo mostrou que o zagueiro pode ser titular. Como  Sampaoli tem optado por três defensores, Luan deve ocupar o lugar de Felipe Aguilar, em baixa após erros em sequência.


Com a suspensão de Gustavo Henrique, a ser cumprida contra o Grêmio, Luan Peres é presença garantida no jogo de sábado, na Vila. A dúvida é se  ele compõe o setor ao lado apenas de Lucas Veríssimo ou se forma o trio, com a volta de Aguilar.


No meio-campo, o setor de criação carece de alguém capaz de articular as jogadas ofensivas e abastecer os atacantes com qualidade. Seria a hora e a vez de Cueva mostrar a que veio?


Se é verdade que não dá para se animar com o que o peruano mostrou desde que chegou, não relacioná-lo ou deixá-lo  no banco é desvalorizar ainda mais a desgastada imagem do meia.


Livre do martírio pessoal de ter a filha prematura internada durante semanas em um hospital, Cueva respira aliviado após a recuperação da pequena Gianna Pamela. E  tem a chance de provar que não foi o segundo pior negócio na história santista. O primeiro, todo mundo lembra, foi um tal de Leandro Damião.


O ataque alvinegro  também está precisando de uma boa calibrada. É o segundo melhor do Brasileirão, ao lado do Palmeiras, com 30 gols em 19 jogos. Mas 12 gols atrás do líder Flamengo.  Das peças ofensivas do elenco, Soteldo é único que pode ser considerado titular absoluto.


Sasha caiu de produção nos últimos jogos, mas ainda é o artilheiro do Santos no campeonato, com 8 gols. E já mostrou que, se escalado, rende melhor no comando do ataque, ao contrário de quando joga aberto.


Uribe, assim como Cueva, é uma incógnita e precisa urgentemente marcar o seu primeiro gol com a camisa santista para ver se desencanta. E justifica o pedido de Sampaoli por sua contratação.


Com Derlis González em baixa e Marinho ainda sem se firmar, Sampaoli poderia dar uma chance a Lucas Venuto. O atacante de beirada jogou apenas 30 minutos no empate contra o Athletico-PR, mas mostrou boa movimentação e habilidade.


Dezenove jogos, um turno todo pela frente, e a meta de, ao menos, conquistar uma vaga na Libertadores 2020. Resta ao time e ao comandante mostrar que podem muito mais do que isso.


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