Se terminar em baixa o ano fosse o único problema do Santos, menos mal. Afinal, por pior que tenha sido a temporada, o time se manteve na Série A do Brasileiro e conservou o rótulo de ilustre desconhecido para a Série B, privilégio de poucos. Mas o buraco é mais embaixo e coloca à prova toda a capacidade do ex-jogador e agora dirigente Renato, ainda em seus primeiros passos na nova atribuição,
A grande dificuldade para o Santos é formar um elenco para 2019. O problema chega a tal ponto que não basta contratar reforços de peso, que cheguem para jogar. Será necessário buscar gente para compor o elenco também.
A necessidade se evidencia pelas saídas iminentes, como a de Gabriel, e pelas baixas prováveis, como Dodô e Diego Pituca. Fora isso, tem aqueles que já provaram por A mais B que precisam sair, como Copete, Jean Mota, Arthur Gomes e Yuri. Somando tudo, chega-se ao alerta vermelho.
Vanderlei, Victor Ferraz, Gustavo Henrique, Luiz Felipe, Alison e Carlos Sánchez. Talvez esses sejam os únicos titulares absolutos para o começo do ano. Bruno Henrique, Rodrygo, Felippe Cardoso, Derlis González e Lucas Veríssimo são irregulares, enquanto Eduardo Sasha e Bryan Ruiz ainda não mostraram a que vieram.
Ao sair às compras, a diretoria santista vai encarar mais uma dificuldade: a falta de dinheiro. Não bastassem os recursos limitados, há ainda uma série de dívidas a serem quitadas que ampliam o desafio. Alguns dos abacaxis estão programados, mas, como afirmou recentemente o presidente José Carlos Gomes, “toda hora cai um esqueleto do armário”. É cobrança em cima de cobrança.
E antes de contratar quem quer que seja para jogar, o Santos precisa definir um treinador. Abel Braga é o preferido. Entretanto, não será surpresa se ele optar pelo Flamengo, que também busca treinador e leva vantagem por ter mais condições financeiras e um time mais sólido.
Renato foi um craque em campo. Além disso, sempre demonstrou grandeza e correção nas atitudes. Contudo, na nova missão ele parte do zero. E o desafio não é pequeno.