O Santos precisa de um camisa 9, um atacante de referência. Isso é um fato. Mesmo que não faça falta, neste momento, é preciso ter opções no elenco para quando necessitar de uma formação diferente, um outro esquema, um novo estilo de jogo. Nem toda partida sem o jogador de referência será fácil.
Mas esse nome não deve ser Alexandre Pato. O atacante, em 2017, acertou contrato com o Tianjin Quanjian (hoje Tianjin Tianhai) para receber 10 milhões de Euros por temporada. O que, em números atuais, chega na casa de R$ 3,5 milhões por mês. De longe, o número é absurdo para os padrões brasileiros.
As notícias que circulam é que Pato não deixaria a China para atuar no Brasil por menos de R$ 1 milhão por mês. Em um clube com a situação financeira delicada, como é o caso do Santos, é sandice pensar no atacante como reforço. Mais louco ainda é quem compra essa ideia.
Os números de Alexandre Pato na China impressionam? Claro que sim. Em 2018, foram 34 jogos e 19 gols. Mas vale a pena arriscar todo balanço financeiro por um jogador? Na minha opinião, só se fosse um fenômeno do marketing, como Ronaldo foi para o Corinthians. Dúvido muito que seja este o caso.
O São Paulo, apesar da aprovação da torcida, já desistiu de Pato após a queda na Copa Libertadores. O Palmeiras sempre se mostra interessado, até para inflacionar o mercado e complicar a vida de rivais quando tentam se reforçar. O Santos não deve cair no canto da sereia.
Jorge, sim, é bom reforço. E uma posição carente após as atuações irregulares de Orinho e a improvisação de Copete. Só falta torcer que, caso seja concretizada a negociação, o lateral-esquerdo apresente o futebol dos tempos de Flamengo, e não do Monaco.
Para o ataque, é preciso garimpar mais, e com cuidado. Sem pressa para não cometer um "suicídio" com a economia frágil do Santos Futebol Clube.