Orlando Rollo e o sopro de esperança para o torcedor
Novo presidente está longe de ser um salvador da pátria, mas pode dar ao Santos o que o clube mais precisa neste momento: credibilidade
Com o afastamento do presidente José Carlos Peres, o cargo de presidente do Santos caiu no colo do vice, Orlando Rollo. O investigador da Polícia Civil estava afastado das atividades políticas do clube por divergência com o antigo mandatário. Como "prêmio", recebeu a presidência, pelo Conselho Deliberativo entender que ele não teve participação na gestão temerária de Peres, que custou os cargos, também, do Comitê Gestor.
Rollo não é o salvador da pátria. Longe disso. Alguns até desconfiam para onde ele poderá levar ao clube. Porém, ele tem a oportunidade de deixar como legado aquilo que o clube mais precisa neste momento: credibilidade.
Além dos problemas financeiros, José Carlos Peres deixou o Alvinegro com uma crise de imagem no mundo do futebol. Os clubes não querem negociar com o Santos, uma vez que sabem da fama que tinha o então presidente. Até por isso, o Peixe foi acionado por diversos times na Fifa.
O caso do Hamburgo é o mais urgente. Mas existem também Huachipato, Atletico Nacional, Krasnodar, Brugge... a lista de problemas que Orlando Rollo tem para solucionar é grande. O prazo é curtíssimo.
Porém, com uma nova direção e um novo capitão à frente da nau Santos, talvez, o clube recupere um pouco da sua imagem e reconquiste credibilidade, ao menos, para negociar as dívidas urgentes e sanar o problema na Fifa. Assim, o elenco poderá ser reforçado e o elenco focar nas disputas do Brasileirão, Copa do Brasil e Copa Libertadores da América.
Um ponto Rollo já conseguiu. Foi ao CT Rei Pelé, conversou com o time e o técnico Cuca. Tranquilizou a situação. Esclareceu que não haverá mudanças no campo. Deu moral para atual treinador continuar o trabalho. Aproximou-se do ativo mais valioso: o elenco.
Outro ponto que o atual mandatário deve conquistar é estar presente no dia a dia do clube. Peres tentou comandar o Santos de São Paulo. Longe de sua sede oficial, sabendo dos problemas por emissários. Não foram poucas as críticas pela ausência do mandatário no estádio em dia de jogo. Reclamações urgentes ficavam para membros do Comitê Gestor, o que gerou, por exemplo, invasões de campo que em nada ajudaram ao clube.
Repito, Orlando Rollo não é o salvador da pátria. Mas, talvez, possa ajudar a recolocar o Santos no trilho.
