Neymar ainda é o que temos de melhor
Jogador completa 28 anos com histórico de polêmicas e um talento sem igual entre os jogadores brasileiros
Atualizado em 06/02/20 - 00:00
Neymar completa 28 anos nesta quarta-feira (5). Mais do que parabéns, ele recebe comentários sobre sua controversa trajetória. Tem muita gente que o aplaude pelo grande jogador que é e por tudo o que conquistou, dentro e fora de campo, assim como tem aqueles que não engolem seu estilo de vida extravagante e por vezes infantil. Os mais radicais dizem que ele não passa de uma farsa impulsionada pela mídia.
Na verdade, Neymar é uma estrela com tudo o que de bom e ruim o conceito carrega. Com a bola nos pés, ele ainda é o melhor brasileiro em atividade. Da virada do ano para cá, recuperou o grande futebol, em que pese a fragilidade do Campeonato Francês.
Para o futuro próximo, as perspectivas são boas. Como, à exceção do Liverpool, não há um bicho-papão na Liga dos Campeões da Europa, Neymar tem tudo para ser protagonista e, quem sabe, levar o Paris Saint-Germain ao sonhado título. Seria um marco não só para o clube, mas também para ele, que, da outra vez em que levantou a taça, tinha a onipresença de Messi a seu lado no Barcelona.
Além disso, subindo ao topo do pódio individualmente, o brasileiro fatalmente seria aclamado como o melhor do mundo e tiraria um peso das costas.
Bilionário, com uma vida regada a festas e curtição, o jogador parece não conseguir sair da adolescência, segundo os críticos. Pode até ser, mas o problema aí talvez não seja de caráter, e sim cultural. Afinal, a família Neymar, como a maioria das brasileiras, tem origem carente.
Em sua infância, ainda pobre, o atacante tinha pouquíssimas opções de instrução e desenvolvimento intelectual além da escola. Portanto, não se pode querer agora que ele, com o mundo aos pés, repense costumes e atividades extracurriculares. Seria bom, mas seria pedir muito também.
No que realmente importa, Neymar continua sendo a principal esperança do torcedor brasileiro. Ainda não surgiu ninguém melhor do que ele por aqui, e, para brigar pelo hexacampeonato mundial em 2022, no Catar, a Seleção vai precisar demais dele.
Embora próximo dos 30 anos, Neymar não vai amadurecer a ponto de se tornar um lorde. Resta saber se ele vai conseguir manter o foco na carreira e deixar as polêmicas de lado para aparecer somente com o bom futebol. Para delírio e revolta de quem o ama e o odeia.
