Marinho é o melhor jogador em atividade no Brasil

Longe de ser um craque, atacante do Santos se destaca pela determinação

Por: Heitor Ornelas  -  14/09/20  -  21:30
Marinho tem feito a diferença para o Santos, que luta para se aproximar dos líderes do Brasileiro
Marinho tem feito a diferença para o Santos, que luta para se aproximar dos líderes do Brasileiro   Foto: Ivan Storti/Santos FC

Gabigol, Arrascaeta, Daniel Alves, Everton Ribeiro... Todos craques, campeões, donos de currículos invejáveis. Porém, hoje, dia 14 de setembro, o melhor jogador em atividade no Brasil atende pelo nome de Marinho.


Principal responsável pela recuperação do Santos pós-Jesualdo Ferreira, o atacante vive o melhor momento da carreira. Aos 30 anos, depois de rodar meio mundo e alcançar êxitos discretos, como a boa fase no Vitória em 2016, Marinho se encontrou na Vila Belmiro. Seja driblando, seja chutando a gol, seja servindo os companheiros, ele tem sido muito feliz.


Pode até ser que Marinho não consiga manter o alto nível por muito tempo e logo volte a ser o jogador irregular de sempre. Mas, hoje, ninguém é tão decisivo para o clube que defende como o santista.


Thiago Galhado, do Internacional, e German Cano, do Vasco, também vivem grande fase. Contudo, eles participam menos do jogo em relação a Marinho. O santista, além de marcar gols, é um tormento constante para os defensores adversários. Não por acaso, quando não marca, ele dá assistências precisas.


Além de alguma habilidade, Marinho tem na determinação e na coragem suas principais virtudes. Ele é um jogador “peitudo”, como diriam os antigos. A partir do momento em que está com a bola, não tem medo de arriscar a jogada. Como a fase é boa, quase sempre as tentativas terminam em lances de perigo.


Entretanto, mesmo em seu melhor momento, Marinho comete erros. O principal, talvez, seja exagerar nas quedas. Não que a marcação alivie, mas, em determinadas ocasiões, a veia artística do santista fica evidente, com encenações dispensáveis.


Entender a evolução de Marinho é difícil. Contudo, ao deixar de lado o estilo folclórico e assumir um papel de responsabilidade dentro de um elenco jovem como o do Santos, ele se deu bem. E fez isso com sua espontaneidade, não programou nem forjou nada.


Enquanto referências como Carlos Sánchez e Soteldo não conseguem repetir o grande futebol apresentado no ano passado, Marinho sobra. A partir do momento em que os gringos voltarem a jogar bem, o Santos vai se fortalecer significativamente na briga por títulos em 2020.


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