Jobson precisa ter mais seriedade

Volante do Santos tem talento, mas só vai se firmar quando abandonar a displicência

Por: Heitor Ornelas  -  09/11/20  -  22:40
Atualizado em 09/11/20 - 23:35
Jobson está com 25 anos e não pode perder a chance de jogar pelo Santos
Jobson está com 25 anos e não pode perder a chance de jogar pelo Santos   Foto: Ivan Storti/Santos FC

Jobson é um dos jogadores mais contraditórios do Santos dos últimos tempos. Com bom passe e capacidade de acertar lançamentos longos como poucos, ele também é o jogador que erra lances bobos e deixa os jogos no intervalo. Se não encarar os jogos com mais seriedade, vai perder talvez a maior chance da carreira.


Jobson chegou ao Santos no ano passado, após boas atuações pelo Red Bull Brasil no Campeonato Paulista. Contudo, ficou praticamente encostado porque não tinha o aval de Jorge Sampaoli.


Em 2020, as oportunidades começaram a ficar mais frequentes. Primeiro com Jesualdo Ferreira, depois com Cuca. Entretanto, Jobson oscila demais. Ele é o volante que faz lindos lançamentos longos, como aquele que resultou no primeiro gol do Santos contra o Coritiba, na vitória por 2 a 1, e que é substituído no intervalo da partida contra o Bragantino por "não entrar no jogo", como definiu o auxliar Cuquinha.


Jobson está com 25 anos. Tem longo caminho pela frente, mas não é mais um garoto com quem a torcida poderia ter um pouco mais de paciência. Ele conta com a simpatia de Cuca, de quem já recebeu elogios públicos, mas até quando o treinador vai relevar as oscilações?


Seja pelo que já apresentou, seja pela falta de opções – um dos principais problemas do Santos – Jobson desbancou Alison, titular absoluto até então na cabeça da área. Caso venha a alcançar um bom entrosamento com Diego Pituca, o Santos fica com uma dupla de volantes capaz de fazer todo o time funcionar. Para isso, porém, Jobson vai ter de jogar com mais dedicação e concentração. Os passes e lançamentos precisam sair sempre com capricho; além disso, ele tem de fazer de tudo para melhorar cada vez mais a forma física e se desdobrar na marcação.


A concorrência é grande no futebol, e cada vez mais o tempo para mostrar serviço em times grandes diminui. Jobson e todos os jogadores ainda em busca de prestígio não podem cair na conversa de empresário, que diz que leva o agenciado para onde quiser, que não falta clube etc. Clube não falta mesmo, mas chances em times do porte do Santos não caem do céu.


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