O Flamengo foi, talvez, o primeiro clube a defender o retorno do futebol. Aliás, já estava treinando enquanto seus rivais no estado ainda realizavam os testes para retomar as atividades presenciais para voltarem a disputar o Campeonato Carioca.
O Rubro-Negro, também, é um dos que advogam pela campanha irresponsável do retorno dos torcedores aos estádios. Campanha essa que ganhou eco na CBF e no Ministério da Saúde. O que não chega a surpreender, tendo em vista a proximidade entre a direção do clube e a presidência da República.
Em nenhum momento, os dirigentes cariocas se mostraram preocupados com a pandemia, com o vírus, com o que quer que fosse. Eles visaram o dinheiro não arrecadado com patrocínios, venda de produtos, de ingressos, de atletas. Focaram no financeiro.
No entanto, a pandemia não esteve longe do Flamengo. Os diversos atletas e membros do clube atingidos pela Covid-19 as vésperas do duelo contra o Barcelona-EQU, pela Copa Libertadores da América, soou como um castigo por toda a irresponsabilidade do clube com a questão.
O Rubro-Negro teve que jogar cheio de desfalques e superar as adversidades para se recuperar no torneio. Agora, o clube pede a CBF que adie a partida contra o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro. O caso é diferente do Goiás x São Paulo, quando os casos foram relatados apenas no dia do jogo. Existe uma antecedência e tempo para testes até o dia da partida.
O Esmeraldino teve que conviver com mais de 10 desfalques por 2 rodadas, já que precisava respeitar o período de isolamento dos atletas. O clube carioca não pode ter regalias, enquanto outros clubes foram penalizados pela doença. Soa como uma zombaria. O time que mais defendeu o retorno do futebol em meio a pandemia, agora, querer adiar a partida porque jogadores estão infectados.
Desculpa, Flamengo, pagou a entrada, agora ande no brinquedo.