Flamengo e Palmeiras dão aula de futebol

Final da Supercopa mostra que há luz no fim do túnel para o esporte brasileiro

Por: Heitor Ornelas  -  12/04/21  -  20:59
Rony e Rodrigo Caio disputam a bola no melhor jogo do futebol brasileiro dos últimos anos
Rony e Rodrigo Caio disputam a bola no melhor jogo do futebol brasileiro dos últimos anos   Foto: Cesar Greco/Palmeiras

O campeão foi o Flamengo, mas dá para dizer que todos ganharam com a decisão da Supercopa do Brasil. O duelo entre os cariocas e o Palmeiras foi uma aula digna de renovar as esperanças em um futuro melhor para o combalido futebol brasileiro.


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Flamenguistas e palmeirenses fizeram simplesmente o melhor jogo entre times brasileiros dos últimos anos. Intensa, bem jogada e também com erros, afinal eles fazem parte, a decisão poderia ter sido vencida por qualquer um. O golaço de Raphael Veiga, logo a 1 minuto, foi um cartão de visitas do que estaria por vir.


O Flamengo fez jus à sua vocação ofensiva e virou o jogo com um golaço de Arrascaeta, um meia à moda antiga que consegue jogar como poucos nos dias de hoje. No segundo tempo, o Palmeiras foi ao ataque com mais sede e conseguiu o empate – por pouco não passou à frente do placar mais uma vez.


Até por isso, vale a reflexão: por que Abel Ferreira não alterna o repertório e monta um esquema menos conservador de vez em quando? Com o time e o investimento que o Palmeiras tem, viver de contra-ataque e dos erros dos adversários é pouco, ainda que tenha sido assim que o clube conseguiu estabelecer uma era vitoriosa nos últimos tempos.


A final foi tão boa que até a decisão nos pênaltis trouxe mais emoção do que de costume. E quando a taça se encaminhava para o Palmeiras, brilhou a estrela de Diego Alves, que relembrou os tempos de herói no futebol espanhol e fez a diferença.


Não precisa ser hoje, nem amanhã, mas que bom seria se o alto nível do duelo entre Flamengo e Palmeiras servisse de parâmetro para o que os times vão ao menos tentar produzir daqui para a frente. Não tem de ser exatamente igual. Na verdade, nem é possível, já que para jogar daquela maneira é preciso contar com Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta, Raphael Veiga, Viña, Weverton e outros. Entretanto, se tiverem a preocupação de melhorar a qualidade do espetáculo, dá para tirar algo dali.


De se lamentar, a briga entre dirigentes no vestiário e o péssimo costume de Abel Ferreira de reclamar em excesso com a arbitragem. Ele até pode questionar uma ou outra marcação, mas não houve nada que tivesse influenciado no resultado. A postura do português não combina com um time que vive um momento tão bom como o Palmeiras. O cartão vermelho foi justo.


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