O Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil em uma noite para esquecer, na última quarta-feira. Acuado e agarrado à vantagem obtida no jogo de ida, o time sucumbiu diante de um Internacional amplamente superior, que já deveria ter se classificado no tempo normal, não fosse a atuação de um árbitro que nem o VAR salvou. Ao final da partida, Felipão minimizou o tropeço. Disse que seu estilo de jogo é esse mesmo e que a vida segue. “Não morreu ninguém”, salientou o treinador.
De fato, ninguém deixou de viver por causa da semifinal da Copa do Brasil. Mas o curioso é a forma como Felipão encarou o jogo e tratou a derrota. Longe de ser um vexame, ainda mais para um time que foi duas vezes campeão brasileiro nos últimos três anos, o resultado chama a atenção pela postura do time do Palmeiras, que no ano passado já havia deixado a Libertadores da mesma forma, jogando para empatar e levando dois gols no fim do jogo contra o Boca Juniors, na Bombonera – na volta, não teve como reverter.
Felipão é um retranqueiro convicto. Diferentemente de Tite, não tem vergonha de assumir que gosta do feijão com arroz e joga pelo resultado. Entretanto, com o maior e melhor elenco do Brasil nas mãos, o Palmeiras deveria vender mais caro a derrota e atuar com coragem. Quem tem de temer é o adversário.
A lição que Felipão não quis nem examinar é a mesma do pós-Copa de Neymar pai. O excesso de quedas e afetações na Rússia transformou Neymar em piada. O desgaste à imagem do craque foi gigantesco, mas, perguntado se o Mundial havia deixado alguma lição, Neymar pai disse que não, que o filho não tinha nada a tirar do episódio, emulando um “em time que está ganhando não se mexe”.
erá mesmo? A sequência dos acontecimentos mostra que não. É só lembrar dos problemas que o craque arrumou na França, sem falar no caso Najila Trindade.
Se é verdade que o sucesso engana e o fracasso ensina, Felipão e Neymar pai estão de recuperação.