Copa América vale pouco, mas para Neymar é tudo ou nada

Saiu a lista de jogadores que vão representar o Brasil na Copa América, entre junho e julho. Tite não apresentou nenhuma grande novidade. Neymar, claro, foi chamado. Afinal, não é possível excluir a estrela da companhia, ainda que o apelo para isso seja grande, em função das polêmicas nas quais ela se envolve.

Seja como for, a Copa América não tem lá grande valor. Está longe de significar o mesmo que a Copa do Mundo, e não ostenta o apelo da Eurocopa, por exemplo. Contudo, para Neymar, a competição, a ser disputada em gramados brasileiros, é tudo ou nada. Após seguidas desavenças, o desgaste em relação a seu nome só cresceu. Por isso, o jogador do Paris Saint-Germain vai precisar não apenas apresentar um futebol brilhante, mas também um comportamento sóbrio. As provocações, que certamente virão, até por na maioria das vezes serem acolhidas e causarem desequilíbrio, vão precisar ser ignoradas.

A pressão sobre Neymar cresce a cada fiasco, a cada desavença, a cada publicação truncada nas redes sociais. Um  novo tropeço vai custar muito caro para quem há tempos está devendo uma atitude de grandeza. Afinal, estamos falando de um dos principais jogadores do mundo, que há pelo menos dois anos paga por escolhas infelizes.

Por jogar em casa, e por ter os melhores jogadores, o Brasil joga a Copa América como favorito. Mas, como já provou nas duas últimas Copas do Mundo, a equipe brasileira tem grande dificuldade de jogar com o peso do favoritismo sobre os ombros. Diante da própria torcida, a exigência de vitória e bom futebol vai ser ainda maior. Dessa forma, será fundamental que Neymar, o principal astro brasileiro, atue como um líder em todos os sentidos. Para o bem dele, do time e de Tite, que reluta em agir de maneira mais definitiva quanto aos deslizes de sua principal estrela.