A Conmebol precisa tomar uma atitude em relação ao árbitro Néstor Pitana, personagem central da partida entre Santos x LDU, na última terça-feira (1), pela Copa Libertadores da América.
O veterano tomou para si o protagonismo da partida, o que é péssimo para um árbitro. Costumamos dizer que o árbitro bom é aquele que a gente nem lembra o nome depois que acaba o jogo. Fez o seu trabalho e passou sem problemas pelo jogo. No caso de Pitana, foi o contrário.
Ele havia prometido seis minutos de acréscimo no segundo tempo. O Santos estava fazendo força para ser eliminado. Em uma partida bem abaixo do que o clube já apresentou neste ano, mostrou desorganização tática e só não sofreu o segundo gol por sorte ou incompetência dos equatorianos.
Mas, a impressão que deu era que o árbitro queria jogo até a LDU marcar o segundo gol. Já eram passados oito minutos de acréscimo, e Pitana queria jogo. Isso sem mencionar tempo adicional ao quarto árbitro em nenhum momento. Ele tomou pra si os holofotes da partida.
Dois clubes pressionados. O Santos segurando ao máximo o placar para se classificar. A LDU no desespero. E um árbitro que deixou os brasileiros irritados por dar minutos além do prometido. A receita da desgraça estava pronta. Faltava só a faísca para dar problema.
E isso aconteceu após John sair do gol e ser atingido no ar pelo rival. Os ânimos já exaltados foram colocados em campo. Aí foi um festival de cenas lamentáveis. Incluindo o próprio Pitana, querendo ser o árbitro de MMA, se colocando no meio da briga. Acabou sobrando até para ele nesse momento.
Aquela confusão generalizada já era motivo para acabar a partida. Mas Pitana queria descobrir quem o atingiu. Ficou muitos minutos olhando o VAR, pra frente, pra trás, como diria Odinei Ribeiro, por todos os ângulos.
No final, sobraram cartões vermelhos para Santos e LDU. E Pitana ainda teve o capricho de mandar John cobrar a falta antes da apitar o final da partida.
Tudo poderia ter sido evitado se ele, o experiente árbitro argentino, tivesse seguido aquilo que havia proposto e encerrasse a partida no tempo correto. Néstor Pitana não pode passar desapercebido pelos problemas que ele causou na Vila Belmiro.
O problema só não foi pior porque não havia torcida. A pandemia minimizou aquilo que poderia ter se tornado uma tempestade perfeita. Invasão de torcida, objetos atirados no gramado, PM em campo, seguranças caçando torcedores. Seria o cenário perfeito para a Conmebol usar a mão pesada contra o Santos. Afinal, eles só aliviam nessas horas para o Boca Juniors, né?