Ad10s, Pibe

Diego Armando Maradona faleceu nesta quarta-feira (25), aos 60 anos

Por: Bruno Gutierrez  -  25/11/20  -  20:56
Atualizado em 25/11/20 - 20:57
Seis processos de paternidade envolvendo Maradona tramitam na Justiça
Seis processos de paternidade envolvendo Maradona tramitam na Justiça   Foto: Divulgação

Minha primeira memória futebolística com Maradona remete a Copa de 1994. Eu tinha apenas 7 anos, mas ver aquele camisa 10, de olhos arregalados, correndo e gritando em direção a câmera após o terceiro gol da Argentina contra a Grécia foi marcante.


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Não pude ver muito do Pibe naquela Copa. Logo veio o doping na partida contra a Nigéria e a suspensão do camisa 10. Mas aquela intensidade que Maradona transmitia no olhar marcou. Continuei acompanhando a Argentina na Copa, que também não durou muito. Caíram para a Romênia nas oitavas de final.


No ano seguinte, vivi a expectativa de ver Maradona com a 10 de Pelé, no Santos. Um sonho que ficou apenas nisso, um sonho.


Com o tempo (e com a internet) passei a ver os vídeos, lances, saber das polêmicas, do mundo que cercava D10s, como o Pibe é definido pelos argentinos. Se eu pudesse definir Maradona, em duas palavras, seria intensidade e paixão.


Maradona foi intenso. Em toda sua vida. E viveu com paixão. Paixão pela sua terra, paixão pelos seus fãs e, principalmente, pelo esporte, pelo futebol, pela bola. 


Essa mistura fez o Pibe viver no limite. Quase sempre. Não foram poucas as tentativas de reabilitação. Não foram poucas as páginas policiais e nem as falsas comunicações de morte do ex-jogador.  Por essas escolhas, ele pagou até os últimos dias. Mesmo operado, com todos os riscos, Maradona ainda vivia em crise de abstinência devido ao alcoolismo. 


Hoje é um dia triste para o futebol. A bola chora pela perda daquele que, talvez, a tenha tratado com mais carinho. Seja no chute, cabeceio e até na mão (de Deus). Descanse em paz, don Diego Armando Maradona.


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