A última chance de Messi?

Seria a Copa América a derradeira oportunidade para o craque ser campeão pela seleção principal argentina?

Por: Régis Querino  -  25/06/19  -  21:52
Atualizado em 25/06/19 - 22:02
Craque saiu de campo revoltado com a atuação do árbitro brasileiro
Craque saiu de campo revoltado com a atuação do árbitro brasileiro   Foto: Luis Acosta/AFP

Apontado por muitos (não me incluo nessa corrente) como o melhor jogador da história do futebol, Lionel Messi carrega nos ombros o peso de nunca ter sido campeão com a camisa da seleção argentina principal. Passou perto na Copa de 2014, no Brasil, quando a Argentina perdeu a final para a Alemanha.


Nem a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, ameniza o tom dos críticos de Messi. Eleito cinco vezes o melhor do mundo e dono de dezenas de títulos pelo Barcelona, falta ao genial meia um título pela bicampeã mundial.


Com 32 anos, completados na última segunda-feira (24), Messi tem nesta edição da Copa América, talvez, a última chance de conquista pela Argentina. Não porque estaria velho, aos 35, para disputar a Copa do Catar em 2022, mas porque ele já ensaiou uma despedida do selecionado nacional após a Copa da Rússia, no ano passado.


Convencido a permanecer na seleção, Messi é a maior atração desta Copa América, apesar de ainda não ter brilhado em campo. E ele sabe, por mais que a competição não tenha a importância de uma Copa do Mundo ou de uma Eurocopa, que não há país que precise mais deste título do que a sua Argentina.


Levantar o caneco no Maracanã, no próximo dia 7 de julho (que incluiria, provavelmente, passar pelo Brasil na semifinal), seria a redenção argentina. E do camisa 10, que deixaria de ser acusado, injustamente, de amarelar com a camisa da seleção.


Se é fato que o craque se abate vez em quando, em situações adversas, jogar o peso do insucesso argentino sobre os ombros dele é absurdo. Refutar isso, aliás, é simples.


Messi tinha apenas 6 anos quando nossos rivais gritaram “é campeão” pela última vez, na Copa América de 1993. E sua trajetória na seleção principal teve início em 2005, quando a Argentina já acumulava 12 anos de jejum.


Campeão ou não, é gênio


Messi não deixará de ser o gênio que é se não vencer a Copa América. Não será tirado da lista dos maiores craques da história se aposentar a camisa alviceleste sem posar ao lado de um troféu de campeão.


Ele apenas se juntará a uma legião de foras de série que ficaram estigmatizados pela falta de títulos pela sua seleção. Como os craques do esquadrão brasileiro da Copa de 1982, de Falcão, Sócrates e Zico, o melhor que já vi desfilar em campo com a antigamente bela camisa canarinho.


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