Seguramente, a casa própria é uma das necessidades mais relevantes na vida de um cidadão. Ao adquirir um teto definitivo para morar, realiza um sonho ao mesmo tempo em que conquista segurança, tranquilidade e dignidade.
Principalmente ao longo da última década e meia, alguns programas federais, estaduais e municipais deram a oportunidade da aquisição de imóvel para pessoas de baixa renda, oferecendo crédito por meio de programas de incentivo e subsidiando, também, parte do valor do imóvel. Mas, estamos longe de acabar com esse problema.
Só na Baixada Santista, segundo as próprias prefeituras, estima-se que exista um déficit habitacional perto de 150 mil moradias, sendo mais da metade desse número concentrada nas cidades de São Vicente e Guarujá. Um problema que precisa ser discutido e que empurra parte da população menos favorecida para a construção de submoradias em áreas de invasão ou áreas de risco, moradia em cortiços ou mesmo na rua.
A burocracia e a dificuldade na liberação de áreas da União e do estado para a construção de moradias populares têm sido grandes entraves para a oferta de construções populares. Na cidade de Santos, especificamente, o alto custo dos terrenos dificulta ainda mais a ampliação de programas destinados a famílias de baixa renda.
Diante deste cenário, é preciso que tenhamos consciência da necessidade de discutirmos o assunto de forma objetiva em busca de soluções tangíveis junto aos principais envolvidos. É fundamental uma atenção maior por parte dos governos Federal e Estadual para o problema, além do envolvimento dos demais setores da sociedade uma vez tratar-se de uma questão que impacta a todos direta ou indiretamente.