Um sonho para morar

Burocracia e a dificuldade na liberação de áreas da União e do estado para a construção de moradias populares têm sido grandes entraves para a oferta de construções populares

Por: Paulo Corrêa Jr  -  26/09/19  -  11:39
Apartamentos de dois dormitórios foram entregues em evento
Apartamentos de dois dormitórios foram entregues em evento   Foto: Carlos Nogueira/ AT

Seguramente, a casa própria é uma das necessidades mais relevantes na vida de um cidadão. Ao adquirir um teto definitivo para morar, realiza um sonho ao mesmo tempo em que conquista segurança, tranquilidade e dignidade.


Principalmente ao longo da última década e meia, alguns programas federais, estaduais e municipais deram a oportunidade da aquisição de imóvel para pessoas de baixa renda, oferecendo crédito por meio de programas de incentivo e subsidiando, também, parte do valor do imóvel. Mas, estamos longe de acabar com esse problema.


Só na Baixada Santista, segundo as próprias prefeituras, estima-se que exista um déficit habitacional perto de 150 mil moradias, sendo mais da metade desse número concentrada nas cidades de São Vicente e Guarujá. Um problema que precisa ser discutido e que empurra parte da população menos favorecida para a construção de submoradias em áreas de invasão ou áreas de risco, moradia em cortiços ou mesmo na rua.


A burocracia e a dificuldade na liberação de áreas da União e do estado para a construção de moradias populares têm sido grandes entraves para a oferta de construções populares. Na cidade de Santos, especificamente, o alto custo dos terrenos dificulta ainda mais a ampliação de programas destinados a famílias de baixa renda. 


Diante deste cenário, é preciso que tenhamos consciência da necessidade de discutirmos o assunto de forma objetiva em busca de soluções tangíveis junto aos principais envolvidos. É fundamental uma atenção maior por parte dos governos Federal e Estadual para o problema, além do envolvimento dos demais setores da sociedade uma vez tratar-se de uma questão que impacta a todos direta ou indiretamente.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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