Somos porque podemos Y podemos porque queremos

Centro Español y Repatriación de Santos comemorou em janeiro último 125 anos de atividades

Por: Paulo Corrêa Jr  -  12/03/20  -  09:00
Somos porque podemos Y podemos porque queremos
Somos porque podemos Y podemos porque queremos   Foto: Divulgação/CE

O início do vínculo espanhol com nosso continente foi obra do acaso quando, em 12 de outubro de 1492, Cristóvão Colombo aportou nas Américas achando ter encontrado as Índias, seu real objetivo. Estavam abertas as portas para o descobrimento de todos os demais países americanos, incluindo o Brasil.


De lá para cá, foi criado um forte vínculo comercial e de amizade entre Brasil e Espanha. Os espanhóis são, inclusive, a 3ª maior população imigrante em nosso país, ficando atrás apenas da portuguesa e da italiana.


Uma boa parte dos espanhóis que aqui chegaram em busca de trabalho acabou indo trabalhar na lavoura, principalmente com café. Outra grande parcela, nas indústrias, tendo sido eles corresponsáveis pela revolução industrial que aconteceu naquele momento em nosso país. E um número expressivo acabou empregando-se no Porto de Santos.


Esse talvez tenha sido o principal motivo para que essa colônia seja tão tradicional em nossa região. É fácil perceber isso no comércio – principalmente restaurantes –, a presença das tradições espanholas encravadas. Um povo sempre muito ativo e unido.


Uma prova real da alegria e união dos espanhóis é representada pelo Centro Español y Repatriación de Santos, que comemorou em janeiro último 125 anos de atividades. Atualmente em um dos pontos mais nobres de Santos, a Avenida Ana Costa, a instituição mantém suas tradições, reunindo famílias, congregando e preservando a história de seu país.


Sob o lema “Somos porque podemos Y podemos porque queremos”, o Centro Español foi fundado em 1895, ainda em outro endereço. Duas grandes e honrosas passagens são marcantes na história desse clube.


Em 1916, o Centro Espanhol acolheu cerca de 500 sobreviventes do naufrágio do vapor Príncipe de Astúrias, prestando junto com outras duas entidades espanholas existentes na cidade - Sociedade Espanhola de Socorros Mútuos e a Sociedade Espanhola de Repatriação – socorro e assistência. Dois anos depois, em 1918, durante 15 dias colocou suas dependências à disposição das autoridades sanitárias daquela época e recebeu cerca de 128 pacientes vítimas da terrível febre espanhola.


Por toda sua representatividade e importância, nesta sexta-feira, dia 13, às 19h30, iremos prestar uma singela homenagem à entidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no plenário Juscelino Kubistchek. Ven a honrar. Eres bienvenido.


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