Sem emprego não existe dignidade

Não podemos esperar mais por uma solução nacional; Baixada Santista e o Vale do Ribeira precisam pensar numa solução local

Por: Paulo Corrêa Jr  -  27/06/19  -  09:17

Em meados de 2015 começamos a viver uma crise nacional e institucional, responsável por gerar um índice atual de desemprego difícil de ser aceito. O país, que teve troca de administração há pouco mais de seis meses, tem hoje mais de 13 milhões de pessoas sem ocupação, fazendo com que a economia fique estagnada, aumentando a falta de esperança na população e de confiança em investidores.


Vivemos numa região composta por cidades com diferentes vocações para a geração de emprego. O turismo, o porto, a indústria, o comércio e a agricultura compõem a fórmula que durante décadas manteve em equilíbrio a economia da Baixada Santista e Vale do Ribeira, proporcionando renda suficiente para as famílias que optaram por morar aqui.


Esperar por uma solução nacional, talvez não seja saudável para quem tem opções e mão de obra qualificada para formar um Plano de Ação capaz de pensar em opções para atrair empresas e turistas, aumentando as oportunidades e diminuindo o desemprego.


Assim, começo já a buscar no Estado e discutir junto aos prefeitos, possibilidades de incentivos fiscais que atraiam empresas para que instalem novas plantas e centros de distribuições, tendo em vista nossa proximidade com São Paulo e o Rodoanel.


Atrações turísticas e festivais culturais podem ser um grande diferencial para buscar o turista. Campos do Jordão (Festival de Inverno) e Paraty (Festa Literária Internacional de Paraty – Flip) são apenas dois exemplos de eventos saudáveis que atraem milhares de turistas e aquecem a economia local. O Estado tem a obrigação de investir na cultura local e farei essa cobrança.


A descentralização do porto, hoje já em discussão em que participo ativamente, poderá trazer de volta uma administração que pense mais na comunidade portuária, há décadas sendo enfraquecida.


Com a Nova Entrada de Santos, Cubatão que tem localização estratégica pela proximidade de São Paulo e do maior porto da América latina, poderá criar opções como atração para novas fábricas, de forma que seu polo industrial reviva seus anos dourados. O Estado e a prefeitura devem ter um compromisso para buscar e incentivar empresas que procuram novos espaços para expansão.


Não podemos mais esperar por uma macro solução. É preciso que as autoridades pensem de forma coletiva e metropolitana. Quem sabe não seremos nós a puxar uma fila, servindo de exemplo para outras regiões do País?


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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