Que o povo exerça sempre sua soberania

Recente notícia de que o presidente Jair Bolsonaro tem incentivado seu grupo de apoiadores a protestar contra o Congresso Nacional e o STF acende uma luz amarela para a defesa à democracia

Por: Paulo Corrêa Jr  -  27/02/20  -  09:00
Tenho aprendido muitas lições. A maior delas é que Brasília não é para os fracos!
Tenho aprendido muitas lições. A maior delas é que Brasília não é para os fracos!   Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ainda que as reações tenham sido desproporcionais, a recente notícia de que o presidente Jair Bolsonaro tem incentivado seu grupo de apoiadores por meio de suas redes sociais a protestar contra o Congresso Nacional e o STF acende uma luz amarela para a defesa à democracia.


Se comprovado, ofende à Constituição, que define como crime “tentar dissolver o Congresso Nacional, impedir a reunião ou tentar impedir por qualquer modo o funcionamento de qualquer de suas Câmaras”.


A população tem todo o direito de manifestar-se contra aquilo que não concorda. Faz parte da história dos grandes países as manifestações de rua.


Mas, no caso do Congresso, não podemos esquecer em momento algum que todos os membros daquela Casa foram escolhidos pela própria população há menos de dois anos, chancelando a validade de seus mandatos. E, democraticamente, em caso de insatisfação, só existe um jeito de mudar essa formação: aguardar o próximo pleito em 2022.


O momento atual de nosso país é crítico. Por mais que se negue, há tempos existe uma crise institucional longa que gera desconfiança e atrito entre os Poderes. Mas é bom entendermos que não existe democracia sem um Parlamento forte e um Judiciário que caminhe com suas próprias pernas. O equilíbrio dos Poderes é fundamental para que possamos fazer um país forte e justo.


Apurado o fato, que tomemos as devidas atitudes e retomemos o caminho do progresso. Já não há mais tempo nem espaço para esse clima permanente de disputa ideológica que atrasa e compromete o país, penalizando sua população. O Brasil tem sede do futuro.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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