All In

Diante do momento atual, os portos brasileiros estão dando as cartas para saber quem terá a melhor oferta de produtos e serviços

Por: Maxwell Rodrigues  -  03/02/21  -  17:02
Em comunicado divulgado ontem, a Rumo informou que o objetivo é ampliar a capacidade e a eficiência
Em comunicado divulgado ontem, a Rumo informou que o objetivo é ampliar a capacidade e a eficiência   Foto: Carlos Nogueira/AT

Pôquer é um jogo de cartas muito comum em cassinos. É considerado o jogo de cartas mais popular do mundo.


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Diante do momento atual, os portos brasileiros estão dando as cartas para saber quem terá a melhor oferta de produtos e serviços.


No pôquer, algumas regras são necessárias, na competição do mercado portuário interno também.
1º passo: É preciso saber classificar o que se tem em mãos, além de habilidade e raciocínio, normalmente a maior oferta determina o vencedor – a menos que alguém esteja blefando, é claro!


No pôquer, Royal Straight Flush é a melhor cartada!


Os portos de Santos, Pecém, Suape e Paranaguá já estão com as suas cartas e fazendo suas apostas. Nesse jogo, alguns portos brasileiros estão se candidatando a maior do hemisfério Sul nas próximas décadas, visando ocupar o lugar de Santos.


2º passo: Conhecer sua posição também é fundamental. Em um mercado tão competitivo isso pode ajudar no planejamento de médio e longo prazos.


A posição é tudo no pôquer, assim como nos negócios, facilitando a tomada de decisão para as ações e estratégias inerentes ao negócio.


Estrategicamente, surgiram portos com novas opções de rotas em nosso País e muito mais próximos do continente europeu e da América do Norte.


Hoje estes fatores fazem diferença na escolha sobre onde atracar.


Esta é uma carta forte no jogo! Afinal de contas, custos e melhor logística são pilares do setor.
3º passo: Acompanhar as jogadas


No pôquer, os jogadores têm três opções: desistir da rodada, pagar ou aumentar a aposta.
Alguns portos do Brasil já investiram em tecnologia, outros nem tanto. Alguns em infraestrutura e outros em multimodais.


Basta saber quais portos irão “desistir” de buscar novos investimentos, quais irão “pagar” pela melhoria de infraestrutura e, por fim, quais serão aqueles que irão “aumentar” e desenvolver a indústria buscando a proximidade com suas operações.


A indústria é uma carta muito alta nesse jogo, haja visto o que fez pelo Porto de Santos. Indústria de metal-mecânica, sucroalcooleira, têxtil, química, automobilística, aeronáutica e de informática ajudaram a impulsionar e transformar o Porto de Santos no maior do hemisfério Sul.


4º passo: Acompanhe as ações dos outros jogadores


O flop é composto de 3 das 5 cartas da mesa, também chamadas cartas comunitárias.


O flop do setor portuário são as comoddities, mas isso representa uma possibilidade de “par”, o que no jogo de pôquer é bem baixo de acordo com as outras possibilidades.


O porto que continuar exclusivamente atuando com commoddities poderá blefar quanto a sua posição futura. Trabalhar somente com uma carta ou tipo de carga não é algo tão significativo em um jogo tão estratégico e competitivo.


5º passo: Você está na hora da verdade.


Antes da hora da verdade, um jogador pode pedir ALL IN e apostar todas as suas fichas.


Estamos muito perto de que isso aconteça no setor portuário.


Um mundo globalizado e integrado exige que os portos sejam eficientes.


Não existe mais espaço para tanta burocracia. A ineficiência em infraestrutura revela a fragilidade do porto.


A indústria terá papel preponderante nesse jogo, contribuindo não só com os negócios do setor, mas também com a empregabilidade da região que abriga um porto.


Assim, o desenvolvimento social e econômico caminhará lado a lado.


Chegada a hora da verdade (showdown), quando os jogadores devem revelar as suas cartas.
Neste momento haverá portos que irão tentar “blefar” na aposta portuária e irão perder para aqueles que fizeram a lição de casa e apostaram alto em tecnologia, infraestrutura e na relação porto x indústria.


“ALL IN - Game Over”


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