Vamos realizar todas as nossas fantasias sexuais?

As fantasias sexuais não são absorvidas como necessárias, pois carregam o pejo de serem uma fuga da realidade.

Por: Marcia Atik  -  11/09/20  -  11:42
Fantasias sexuais devem ser realizadas para o bem estar do próprio casal
Fantasias sexuais devem ser realizadas para o bem estar do próprio casal

A sexualidade é um assunto emblemático, altamente significativo, muito mais pelas proibições e tabus do que pela sua vivência simples e descontraída. Por isso, percebe-se uma tendência a torná-la objeto de regras onde o certo e o errado estão cada vez mais presentes e acabamos nos aprisionando nele, trombando com nossos reais desejos.


Nos dias em que o corpo está desnudo sem preconceitos, em que se fala de sexo na sala de visitas, como podemos imaginar que ainda temos aspectos não ditos nessa história?


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Pois é! O discurso corrente ainda é o de que só é feliz quem está dentro dos padrões, como se nessa vivência pessoal - que é a da nossa sexualidade – existisse um padrão.


Em sexualidade temos dezenas de aspectos com pontos cegos, dúvidas e dificuldades, mas hoje eu estou falando das fantasias sexuais.


O que são fantasias sexuais senão aspectos do jogo erótico? E quantas culpas elas trazem quando existe a dificuldade de colocar o parceiro no jogo e, às vezes, até em admitir esses desejos?


Apesar de ser um aspecto a mais no estímulo do desejo, as fantasias sexuais não são absorvidas como necessárias, pois carregam o pejo de serem uma fuga da realidade,as vezes consideradas, dramaticamente, como traição por casais menos avisados, e isso não é verdade, pois são apenas mais um instrumento para a intimidade e para desenvolver códigos e padrões peculiares para o casal.


Pois é esse, em suma, o grande segredo para um encontro sexual prazeroso, ou seja, a alegria e a diversão do encontro.


Os rituais íntimos e os segredos entre os casais fortalecem a ligação e estimulam a cumplicidade e intimidade.


Ao sair da rotina e do mundo real existe a possibilidade de viver a novidade, tornando o encontro sexual dinâmico e interessante.


É muito cruel esse discurso de ser mais criativo, sem se falar do caminho mais leve e fácil para isso - o da imaginação.


Como falamos no início desse nosso papo, o aspecto de nossa vida mais permeado de culpas e proibições é o sexo e, na intimidade do quarto, o casal deve se permite liberar sentimentos, desejos represados, amadurecendo a relação e potencializando a intimidade.


Esse casal é feito de pessoas que, individualmente, também têm suas duvidas. E esse liberar-se permite viver a liberdade de expressão contribuindo para a auto-estima.


Muito mais que realizar as fantasias, é importante permitir-se imagina-las, admiti-las e levá-las em conta como necessidade e brincadeira prazerosa validando a experiência pessoal, permitindo-se amadurecer na sua sexualidade, fazendo caminhos muito pessoais e exclusivos.


Ao experimentar novas alternativas para se excitar, a pessoa tem mais contato com a própria sexualidade, percebendo melhor seus limites, desejos e capacidades na cama.


Resultado: sua performance é que sai ganhando.


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