Assim como março é mês da mulher e somos mergulhados em discussões de temas ditos femininos, mas que nessa nova ordem de redefinição dos papeis sociais também interessam ao homens, novembro é o mês dele, mais especificamente dia 19, e isso me faz refletir e apresentar nesse espaço uma questão que afeta profundamente os homens e consequentemente as mulheres com quem eles se relacionam por pura desinformação.
Portanto essa matéria é muito mais informativa do que 'terrorista'.
Quero falar de disfunções sexuais masculinas, tais como disfunção erétil, quando o homem não consegue manter a ereção a um tempo satisfatório, e ejaculação precoce - quando o prazer vem rápido demais - que são as duas formas mais comuns de disfunção sexual masculina.
O que me enseja a falar disso nesse veículo é que no último censo sobre o estudo sexual do brasileiro foi constatado que 68,9% buscam informações sobre sexo em livros e revistas.
Pois bem, a ansiedade que nos acomete nos dias de hoje é, em grande parte, a causadora de ejaculação precoce. O sexo acaba sendo o para raio de todas as ansiedades que a vida cotidiana pode trazer, quer seja de insatisfação profissional, quer seja de insegurança sobre o desempenho da sexualidade. É válido dizer que ainda existe, na educação sexual masculina, a hipervalorizarão do pênis, como se ele fosse o passaporte para o sucesso e a virilidade que acaba colocando tanto peso nessa vivencia, dando o start para as disfunções.
Além disso as crenças errôneas sobre o tempo de validade do desejo e do bom desempenhosexual são um verdadeiro fantasma na vida dos homens, que inconscientemente colocam na cabeça que não podem perder tempo e chance, senão acaba.
Outro aspecto a ser observado é a qualidade da relação, da interação entre os parceiros, pois algumas práticas sexuais são vivenciadas no modo piloto automático. E como os homens não são robôs, tem uma hora que a alma grita, e como alerta provoca a disfunção erétil ou ejaculação precoce.
As dificuldades são de cunho emocional, há que ser um profissional que estudou e se preparou por anos para entender a psiché humana, pois não há macumba nem simpatia e muito menos praticas diferenciadas que ajudem nesse sentido.
Eu poderia fazer aqui uma lista interminável de situações que interferem na sexualidade masculina, mas vale dizer que, na sua grande maioria, são de causas comportamentais e emocionais. Muito poucas disfunções, mas muito poucas mesmo, são consequência de doenças ou de alguma medicação, principalmente as drogas psicoativas que, sem dúvida, a médio prazo têm um papel grande nas disfunções sexuais.
O que resolve mesmo para solução efetiva com resultados positivos é a informação, o processo de autoconhecimento (pela psicoterapia) e em alguns casos com medicação especifica.
Finalmente, gosto muito de reforçar que, por pior que pareça, todo problema sexual tem solução, seja masculino como feminino, com ajuda de profissionais habilitados e respeitados, quer seja um psicólogo terapeuta sexual, quer seja um médico com conhecimento dessa área de atuação.