Afinal, o que é internet das coisas?

Ideia é que, cada vez mais, o mundo físico e o digital se tornem um só

Por: Leonardo Barbosa Delfino  -  04/06/21  -  20:12
  Cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e maçanetas conectadas à Internet e a outros dispositivos
Cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e maçanetas conectadas à Internet e a outros dispositivos   Foto: Reprodução/Shutterstock

A 'Internet das Coisas' se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. Cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e maçanetas conectadas à Internet e a outros dispositivos, como computadores e smartphones.


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A ideia é que, cada vez mais, o mundo físico e o digital se tornem um só, através dispositivos que se comuniquem com os outros, os data centers e suas nuvens. Aparelhos vestíveis, como o Google Glass e o Smartwatch 2, da Sony, transformam a mobilidade e a presença da Internet em diversos objetos em uma realidade cada vez mais próxima.


A ideia principal por trás da Internet das Coisas é a de facilitar a vida dos usuários e clientes, tornando o uso de certos elementos mais simples e até permitindo a automação de tarefas.


Por exemplo:

- Um aspirador de pó robô pode ser programado para limpar a casa depois da hora de dormir;

- As lâmpadas da casa podem emitir luzes em tons específicos durante vários momentos do dia, ou se apagarem quando todos saírem;

- O ar-condicionado pode se ativar cinco minutos antes de você chegar, deixando o ambiente na temperatura correta;

- Um fogão seria capaz de cortar o fornecimento de gás e avisar a companhia fornecedora ao detectar um vazamento;

- Freezers comerciais avisariam o fabricante em caso de defeito, evitando a perda de comida, vacinas ou outros elementos perecíveis ou pouco duráveis sem refrigeração;

- Tratores automatizados seriam capazes de fazer o trabalho de um funcionário mesmo à noite, com dados via satélite para evitar desperdício e utilizando a rede apenas quando necessário;

- Hospitais podem utilizar equipamentos capazes de coletar dados armazenados em smartwatches, pulseiras inteligentes e outros dispositivos vestíveis que monitorem os dados vitais do paciente, otimizando o atendimento e facilitando o diagnóstico.


Cases reais


Nest

A Nest talvez seja o exemplo mais difundido de um ecossistema de Internet das Coisas. Criada em 2010, a empresa desenvolve dispositivos inteligentes para casas e escritórios. Os produtos que trouxeram grande visibilidade à companhia são termostatos e detectores de fumaça que se integram a smartphones por meio de aplicativos específicos.


O termostato ajusta a temperatura do local automaticamente e pode, por exemplo, aprender os horários que o usuário costuma sair e chegar em casa para fazer adequações condizentes com essa rotina.


Já os detectores de fumaça utilizam luzes coloridas, mensagens de voz e notificações no smartphone para avisar o usuário sobre detecção de fumaça, gases perigosos ou aumento repentino da temperatura (sugerindo incêndio), podendo inclusive acionar o socorro automaticamente.


As tecnologias inovadoras da Nest a colocaram em posição de vanguarda no mercado de Internet das Coisas. Não por acaso, a empresa foi adquirida pelo Google em 2014 pela quantia de US$ 3,2 bilhões.


PhilipsLighting

Outro exemplo bastante difundido é o da Philips. A companhia possui uma divisão que desenvolve lâmpadas LED inteligentes. Chamadas de Hue, essas lâmpadas podem ser configuradas pelo smartphone para mudar a intensidade e as cores da iluminação para deixar o ambiente mais confortável em cada situação.


Tesla Motors

A Tesla é uma companhia especializada em carros elétricos de alta performance. Os veículos da marca são bastante "high tech", e isso não diz respeito apenas ao seu conjunto de baterias ou ao mecanismo de recarga: os carros da empresa também podem se conectar à internet para receber atualizações de software e contam com diversos sensores, como o que fornece dados de geolocalização.


A propósito, carros da marca também podem atuar de modo autônomo. A comunicação permanente com a internet ajuda o computador do veículo nas tarefas de condução. Uma central pode, por exemplo, informar quais vias próximas estão congestionadas e, assim, possibilitar que o sistema do carro escolha a rota mais adequada àquele momento.


Fitbit

A Fitbit é uma companhia que produz dispositivos voltados à saúde e monitoramento de atividades físicas, como balanças, pulseiras e relógios inteligentes. Os dados obtidos por esses dispositivos (batimentos cardíacos, distância percorrida, quantidade de passos, entre outros) são sincronizados com o smartphone e podem ser compartilhados nas redes sociais. É uma forma de o usuário motivar amigos ou criar desafios para eles.


A Fitbit se destacou tanto no mercado que foi comprada pela Google em novembro de 2019 por cerca de US$ 2 bilhões.


Com a rede 5G chegando otimizada para a Internet das Coisas, a tendência é que cada vez mais produtos e iniciativas de grande, médio e pequeno porte permitam que mais e mais dispositivos sejam ligados à rede, desde que preferencialmente possam usufruir de recursos extras e forneçam usos que agreguem aos usuários e à sociedade.


As aplicações são imensas, indo desde saúde, transporte e bem-estar à agricultura, pecuária, indústria e muito mais. As preocupações giram em torno da infraestrutura, que precisa ser bem planejada de modo a dar suporte tanto a gadgets ligados quanto à segurança, especialmente para proteger os dados dos usuários.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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