Rota para o futuro

O novo trecho possibilitará o transporte de até 35 mil pessoas ao dia e ligará a Avenida Conselheiro Nébias ao Valongo, em Santos. A obra está prevista para ser entregue em 30 meses.

Por: Kenny Mendes  -  10/07/20  -  18:15
Moradores da Rua Euclides de Campos dizem que problemas começaram após a chegada do VLT
Moradores da Rua Euclides de Campos dizem que problemas começaram após a chegada do VLT   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Na segunda-feira (6), interrompi o isolamento social que venho procurando manter desde o início da pandemia por um bom motivo. Estive no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado, para acompanhar a assinatura do contrato da segunda fase do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) da Baixada Santista.


O novo trecho possibilitará o transporte de até 35 mil pessoas ao dia e ligará a Avenida Conselheiro Nébias ao Valongo, em Santos. A obra está prevista para ser entregue em 30 meses, mas, em conversa com o governador João Doria (PSDB) após a reunião, ele revelou que o objetivo é antecipar o prazo para 24 meses.


A primeira fase do VLT, entregue em 2017, liga São Vicente a uma área residencial de Santos. Esta nova etapa é importante porque complementa o que hoje já está em funcionamento e chegará a seu destino final, no Centro santista – coração financeiro da região, onde 30% da população trabalha em escritórios diversos, no comércio, nas sedes de empresas e órgãos públicos ali instalados. O modal ainda passará nas imediações de cinco universidades.


Em termo de mobilidade, a obra ganha uma relevância inédita para a Baixada. O número de usuários do sistema deve aumentar exponencialmente devido à ampliação para outras localidades.


Com mais gente utilizando esse transporte público, as chances da frota de veículos poluentes nas ruas diminuir (principalmente carros) são concretas, o que acarretará ganhos para o meio ambiente e contribuirá para a redução dos constantes engarrafamentos nos horários de pico. Os atrativos são muitos: os trens são modernos, limpos, climatizados e, exceto por algum fator excepcional, não têm obstáculos pelo caminho.


Há um outro ponto a se destacar. A criação da Estação Valongo, hoje parada para os bondes de passeio, poder vir a ser um incremento valioso para o turismo regional. No ano passado, fizemos os primeiros testes para o projeto de retomada da linha turística do trem São Paulo-Santos. Um dos problemas constatados foi a falta de uma estação para a chegada das composições no Litoral – empecilho que, com o VLT, será solucionado.


Enquanto integrante da Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), cobrei muito do Governo do Estado uma definição sobre a segunda fase do VLT. Era importantíssimo concluir uma das pontas do percurso do modal. A inesperada pandemia atrapalhou o calendário, mas, enfim, o esforço valeu a pena.


Não pararemos por aqui: iniciarei os contatos com o Executivo para começarmos a tratar do processo para a implantação da terceira etapa, que expandirá a rota para a Área Continental de São Vicente. São conquistas como essas que me movem a permanecer no Parlamento paulista, fazendo sempre o que for possível pela nossa região. Estamos no trilho certo.


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