E 2020, enfim, se encerra. O ano em que a maior crise sanitária de todos os tempos assolou o mundo foi, é claro, atípico. A pandemia trouxe dor a mais de 194 mil famílias que perderam um ente querido, desmantelou as finanças de muitos brasileiros, causou inevitáveis impactos físicos, emocionais e de saúde, além de adiar projetos de muita gente. Posso dizer que eu mesmo sou um exemplo.
No início do ano, decidi que colocaria meu nome à disposição do partido para disputar a eleição à Prefeitura de Santos. Me sentia preparado e motivado para o desafio. Mas, três meses depois, o advento do novo coronavírus me fez adiar o sonho.
Refleti e percebi que a minha permanência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) seria muito mais importante para a Baixada Santista no enfrentamento à doença. Mesmo porque, se eu deixasse a Casa, a vaga seria ocupada por um suplente de outra região. Entendi que os planos pessoais tinham que ficar para outro momento.
Como não poderia deixar de ser, o foco do mandato neste ano foi voltado para a saúde. Até como prestação de contas, me utilizo deste espaço para citar algumas das ações que conseguimos implementar ao longo de 2020 na área. Começo falando sobre o primeiro projeto de lei que consegui aprovar no Parlamento: o que condiciona a matrícula de qualquer estudante na rede de ensino paulista (pública ou particular) à apresentação da carteira de vacinação atualizada. A proposta foi sancionada pelo governador João Dória em maio e virou lei estadual. Já valerá para 2021.
Por meio de emendas impositivas, indiquei cerca de R$ 10 milhões em recursos para as prefeituras da Baixada Santista investirem no combate à Covid-19. Junto à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, conseguimos obter 155 respiradores pulmonares que foram distribuídos pelas unidades hospitalares das nove cidades.
Em abril, em contato com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, sugeri que Santos firmasse convênio com um hotel para abrigar profissionais de saúde que estivessem atuando na causa. Destinei uma emenda de R$ 300 mil para auxiliar no projeto, que saiu do papel com êxito. Também apresentei um projeto de lei na Alesp que pretende estabelecer a jornada máxima de 30 horas/semana para enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem. Atualmente a carga de trabalho varia de 36 horas a 44 horas semanais. Luta que continuamos encampando.
Ainda sobre projetos, estão em análise outros três relacionados à área da saúde. Há um que cria uma licença de três dias para os servidores públicos estaduais que realizarem a doação de medula óssea. A pandemia nos revelou a importância dos setores de gestão e dos equipamentos nas unidades de atendimento. Por isso propus a criação de dois cursos técnicos nas Etecs (escolas técnicas) de São Paulo: de Gerência em Saúde e de Reparo e Manutenção de Equipamentos Biomédicos.
Por fim, uma boa notícia obtida no último dia 17. O plenário da Alesp aprovou 21 emendas que apresentei ao projeto que definiu o Orçamento do Estado para 2021. Juntas, elas somam R$ 16,8 milhões em investimentos para a Baixada Santista. Desse montante, R$ 15 milhões serão divididos pelas prefeituras de Guarujá, Cubatão e Bertioga para novas ações relacionadas ao coronavírus.
Como sabemos, os desafios no ano que se inicia continuarão sendo imensos. Os índices da doença crescem e isso é preocupante. Tudo o que estiver ao meu alcance na Alesp será feito para tentarmos frear o inimigo invisível. A disposição continuará a mesma para auxiliar, no que puder, a Baixada Santista.
Que 2021 seja um ano melhor para todos. Saúde, paz e esperança.