O futuro é agora

Desenvolvimento do país depende de investimentos em pesquisa, na economia criativa e na educação

Por: Kenny Mendes  -  17/05/19  -  11:14

Nada é por acaso. Ao assumir o mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em março, não poupei esforços para fazer parte da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação, um dos mais importantes colegiados da Casa. Acabei sendo eleito vice-presidente do grupo. O motivo é simples e prático: acredito que o desenvolvimento não só do Estado, mas do País, depende necessariamente de investimentos em pesquisa, na economia criativa e na educação.


Enquanto educador e entusiasta de ideias inovadoras, seja no âmbito público ou no privado, me causa apreensão assistir no noticiário a diversos casos de desmantelamento em setores ligados à pesquisa nos níveis municipal, estadual e federal.


Precisamos remar contra essa maré. A Baixada Santista sempre teve um histórico de protagonismo. Foi de Santos, cidade onde tive a oportunidade de ser vereador até o ano passado, que Dom Pedro partiu para proclamar a independência do Brasil, em 1822, às margens do Ipiranga. O Município foi inovador ao substituir os bondes de tração animal por veículos movidos a energia elétrica, em 1871. Foi aqui que o engenheiro sanitarista Saturnino de Brito desenvolveu, entre 1907 e 1911, o sistema de saneamento por meio dos hoje famosos canais da Cidade. E, tão importante para o turismo quanto para a educação ambiental e científica, fomos pioneiros na implantação do primeiro Aquário Municipal brasileiro, em 1945.


Exemplos como esses nos movem com o objetivo de contribuir para a busca de mecanismos que possibilitem a continuidade do progresso na região. Na semana passada, comuniquei à Prefeitura santista a destinação de R$ 470 mil em emenda parlamentar para o Parque Tecnológico de Santos. Os recursos serão utilizados para equipar o auditório e a área de coworking (estrutura de trabalho em que pessoas de diferentes setores compartilham espaço e recursos) do local, previsto para ser entregue até outubro.


O equipamento reunirá empresas, profissionais, universidades e acadêmicos que, por meio de parcerias e incentivos fiscais, atuarão no fomento à pesquisa. Um passo importante no caminho da criação de uma nova vocação econômica regional, que proporcionará boas ideias e, por consequência, bons resultados futuros.  Não podemos sair dos trilhos por onde sempre trafegamos.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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